O vereador do PS na Câmara de Braga Artur Feio denunciou hoje um alegado “surto muito grande” de covid-19 na empresa municipal de habitação (BragaHabit), sublinhando que a culpa é do incumprimento das regras ditadas pelas autoridades de saúde.
Na resposta, em comunicado, a BragaHabit garante que não há nem houve qualquer surto de covid-19 e acusa Artur Feio de “postura de irresponsabilidade”, por proferir declarações “que não correspondem à verdade”.
Na reunião, Artur Feio disse ter sido alertado por funcionários da empresa municipal para o alegado “descontrolo absoluto” e para a “falta de regras”, nomeadamente quanto à utilização de equipamentos de proteção individual e não opção pelo teletrabalho.
“Tudo isto é absolutamente indescritível”, sublinhou o socialista.
A BragaHabit nega tudo, alegando que apenas existiu na passada semana, um colaborador que testou positivo, fruto de um contacto com uma pessoa fora do contexto profissional, e que imediatamente entrou em isolamento.
“Todos os colaboradores da BragaHabit com quem esteve em contacto entraram em isolamento profilático, por medida de precaução. Até à data, nenhum desses colaboradores apresentou sintomatologia”, acrescenta.
Diz ainda que, na empresa, todos os colaboradores estão obrigados a cumprir o Plano de Contingência existente, que implica o uso de máscaras dentro das instalações da empresa e o respeito pelo distanciamento social recomendado.
“Todos os postos de trabalho cumprem as regas de distanciamento recomendadas”, acrescenta.
A BragaHabit diz ainda que tem utilizado, “sempre que possível”, as faculdades do teletrabalho, tendo inclusivamente uma colaboradora nesse regime permanente desde março de 2020.
“Aos restantes colaboradores, foi dada a possibilidade de fazerem trabalho a partir de casa, tendo a Bragahbit providenciado à maioria a possibilidade técnica de o poderem fazer, ligando-se ao Sistema Integrado de Gestão, ao qual tem que ser garantida a segurança de acesso”, diz ainda.
A empresa assegura que tem existido rotatividade de trabalho entre os colaboradores, para que em cada departamento fique, pelo menos, um colaborador em trabalho presencial.
Alguns dos colaboradores manifestam preferência por trabalhar nas instalações empresa, “à qual reconhecem todas as capacidades de segurança sanitária”.
A BragaHabit tem também em curso a reabilitação dos bairros sociais, “o que obriga as equipas de gestão e fiscalização de obra a fazerem grande parte do seu trabalho presencialmente”.
Notícia atualizada às 01h44 com mais informação.