A investigação do Ministério Público (MP) de Lisboa a uma empresa de centros de inspeção automóvel, e que levou, ontem, um magistrado ao arquivo do pelouro do Urbanismo da Câmara de Braga, não envolve o Município, disse hoje a O MINHO fonte ligada ao processo.
O MP esteve à procura de processos de licenciamento, antigos ou atuais, que envolvam uma empresa da cidade mas que possui dezenas de centros de inspeção automóvel em todo o país. No caso, o magistrado, acompanhado de nove peritos em contabilidade e informática, procurava, em concreto, uma das firmas do grupo, com sede em Fafe.
Fonte camarária revelou a O MINHO que a equipa do DCIAP lisboeta – que chegou acompanhada por agentes da PSP local – entrou pela manhã e saiu à tarde, sem nada levar e sem nada dizer. E não regressou hoje.
Uma outra fonte adiantou que apenas foi encontrado um processo de 2018 e que se prende com o licenciamento no concelho de um centro de inspeção automóvel pedido por uma empresa do mesmo grupo.
As buscas inserem-se no âmbito de um mega-processo em curso e que incluiu, em junho de 2022, buscas a sete centros de inspeção automóvel, ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes e a um escritório de advogados. Estão em causa suspeitas de corrupção e falsificação de documentos.
Na ocasião, foram detidas 34 pessoas, tendo a PSP realizado 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias em Braga, Vila Verde, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Vizela, Fafe, Amarante, Lousada, Gondomar, Porto, Matosinhos, Valongo, Loures, Lisboa, Agualva-Cacém, Azambuja, Vila Franca de Xira, Seixal, Palmela, Setúbal, Silves, Lagoa e Portimão.