Introduziram droga na cadeia de Braga. São dois, têm ambos o nome, Bruno, um de 31 e o outro de 35 anos. Residem em Braga e têm um longo cadastro de condenações a prisão efetiva por crimes como o de roubo, conduta a que não será alheia a dependência de estupefacientes. Os ‘Brunos’ – chamemos-lhes por conveniência de escrita como Bruno 1 e Bruno 2 – vão, agora, ser julgados no Tribunal de Braga por tráfico.
A acusação diz que em abril de 2016, o Bruno 2 foi à prisão de Braga visitar o Bruno 1, que ali estava preso. À despedida, estendeu a mão para cumprimentar o amigo, mas tinha na palma, um embrulho que o outro recolheu e meteu nas cuecas.
Só que, no final da visita, os guardas prisionais revistaram-no e encontraram o dito embrulho, onde estavam 14,8 gramas de canábis tipo resina, e 0,39 gramas do mesmo produto, mas em folhas. Apanharam, ainda, 31 comprimidos de esteróides pesando 8,2 gramas.
No mês seguinte, em junho, em nova revista à cela do Bruno 1, os guardas apanharam-lhe mais 0, 46 gramas de canábis.
As drogas seriam para consumo próprio e para venda a outros reclusos.
Condenações
O Ministério Público anota no processo que o Bruno 1 tem já sete condenações por condução sem carta, desobediência, falsificação de documentos, roubo e furto simples. Refere que recebe tratamento médico para a toxicodependência, tem possibilidades de trabalho e uma relação afetiva, estável, com a namorada.
Já o ‘2’, que à data do crime vivia no Centro de Acolhimento da Cruz Vermelha, tem um cadastro ainda maior com oito condenações uma delas a dez anos de prisão efetiva. Salienta que uma eventual suspensão da pena que lhe venha a ser aplicada em julgamento por este crime, terá de implicar a sua sujeição a tratamento médico.