Alfredo Sánchez Chacón, conhecido em toda a Espanha pela alcunha “Rambo Galego”, está evadido faz este sábado dez meses, apesar de a Guardia Civil intensificar buscas para o recapturar, com algumas populações da Província da Corunha cada vez mais temerosas, reforçando as proteções em redor das casas, perto do Parque Natural das Fragas do Eume, principalmente nas localidades de Pontedeume e de Cabanas, naquela zona alta da Galiza.
Alfredo Sánchez Chacón já protagonizou três aparatosas fugas, em 24 anos de cárcere. Foi condenado a 17 anos de prisão pelo assassínio, a sangue frio e à queima-roupa, de um jovem de 24 anos, Manuel Garcia Varela, em Cuntis, Pontevedra, a 18 de agosto de 1996, já depois de ter enveredado, no final da década de 1980, por uma senda de roubos e furtos, tendo numa das anteriores fugas à justiça espanhola chegado a esconder-se em Portugal.
Desde 15 de março de 2021 que “Rambo Galego” está a monte, por não ter regressado à Penitenciária de Monterroso, em Lugo, na Galiza, de onde tinha saído, com uma licença precária. Nos últimos dias, os habitantes da aldeia de Ombre, concelho de Pontedeume, junto ao Parque Natural das Fragas do Eume, na Corunha, associaram o desaparecimento de comida de suas casas, pequenos furtos, verificadas desde outubro, a Alfredo Sánchez Chacón, que terá sido visto por um caçador, numa tenda algures num monte das imediações da povoação, sendo que há 25 anos andou por ali, numa outra fuga.
O “Rambo Galego”, de 63 anos, que na sua juventude nos anos 80, integrou as forças especiais do “Exército de Terra”, em Espanha, foi depois legionário e é conhecido pela capacidade de sobrevivência nas situações mais adversas, em ambiente de montanha, para que foi treinado, além de ter muita apetência para se esconder no mato.