O município de Guimarães é o mais sustentável de 2018, alcançando a melhor pontuação no programa ECOXXI, uma iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), destinada a premiar as boas práticas e políticas ambientais dos municípios portugueses.
Os resultados foram apresentados durante a cerimónia de entrega das bandeiras verdes de sustentabilidade a 47 autarquias, que decorreu hoje em Estarreja.
Além de Guimarães, a lista de municípios mais sustentáveis de 2018 integra os municípios de Lousã, Loulé, Águeda, Pombal, Âlfandega da Fé e Loures, que obtiveram um índice igual ou superior a 80% nos 21 critérios analisados.
Guimarães alcançou a pontuação mais elevada em critérios como a promoção da educação ambiental, informação disponível aos munícipes, cooperação com a sociedade civil e na qualidade do ar e informação ao público.
De acordo com os dados apresentados, o índice médio ECOXXI obtido foi de 65%, mais três pontos percentuais do que em 2017, o que leva os responsáveis pelo programa a concluir que os municípios portugueses estão mais sustentáveis.
“Ao fim deste tempo olhamos para os municípios ECOXXI e encontramos territórios mais ordenados, concelhos mais capazes para se adaptarem às alterações e às pressões climáticas, sociais e económicas que todos os dias nos colocam novos desafios, comunidades mais próximas mais participativas e locais onde as pessoas se sentem felizes e querem continuar a viver”, disse José Archer, presidente ABAE.
O mesmo responsável comparou o ECOXXI a uma “bússola”, adiantando que este instrumento permite “medir o progresso e o desempenho que cada município tem em cada ano, neste caminho da sustentabilidade”.
Em 2018, foram submetidas 50 candidaturas (menos três do que em 2017) e 94% dos candidatos (47 municípios) alcançou índices acima dos 50%, limite para a atribuição da bandeira verde.
A grande maioria dos municípios candidatos obteve um índice ECOXXI compreendido entre 60% e 79%.
A certificação de sistemas de gestão e a qualidade do ambiente sonoro são os dois indicadores onde os municípios têm mais dificuldade em pontuar, com uma média abaixo dos 50%.
Em sentido contrário, os índices com melhores pontuações são a qualidade da água para o consumo humano, a informação disponível para os munícipes e a conservação da natureza e biodiversidade.
Na edição de 2018 do programa, dois municípios candidataram-se pela primeira vez (Lages das Flores e Vila Nova de Poiares), enquanto Bragança, Celorico da Beira, Lousada, Vila Nova de Gaia e Oeiras não renovaram a sua candidatura.