O Governo autorizou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP) a investir faseadamente, de 2019 a 2021, 9,5 milhões de euros na construção da ligação do parque empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, à autoestrada A3.
Numa portaria publicada hoje em Diário da República (DR), a Infraestruturas de Portugal fica autorizada a repartir o total de 9,5 milhões de euros nos orçamentos dos próximos três anos, sendo que em 2019 poderá investir 1,5 milhões de euros e em 2020 e 2021 quatro milhões de euros por ano.
A portaria, assinada pelos secretários de Estado do Orçamento e das Infraestruturas, refere que “o montante fixado para cada ano económico poderá ser acrescido do saldo apurado no ano anterior”.
Em causa está a criação de um acesso rodoviário, reclamado há duas décadas, com cerca de 8,8 quilómetros de extensão, para ligar o parque empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, à A3, (nó de Sapardos – Vila Nova de Cerveira), no distrito de Viana do Castelo.
Em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, presidiu naquele concelho do Alto Minho à cerimónia de lançamento do concurso público da empreitada suportado “apenas” pelo orçamento do Estado.
A empreitada “visa a melhoria das condições de acessibilidade, circulação e segurança” naquele troço e envolve a execução de “quatro novas rotundas para beneficiação das condições de mobilidade na ligação à rede viária local, a construção de oito obras de arte e de uma ponte sobre o Ribeiro das Corredouras”.
A obra inclui a construção de “dois pontões, sobre a Ribeira de Sapardos e sobre a Ribeira de Borzendes, de duas passagens agrícolas, duas passagens inferiores e uma passagem superior para peões”.
A construção daquela ligação faz parte do Programa de Valorização das Áreas Empresariais lançado pelo Governo, em fevereiro de 2017.
Há duas décadas que autarcas e empresários da região vêm reclamando a construção daquele acesso para promover a competitividade das empresas instaladas naquela zona empresarial, com mais de 25 hectares, como por exemplo o Grupo Kyaia, empresa portuguesa do sector do calçado (detentora das marcas Fly London e Foreva), implantada em Paredes de Coura há mais de 25 anos com 250 trabalhadores.
Ainda a Doureca, do Grupo Dourdin, do setor automóvel, que dispõe de duas unidades fabris de produção e que emprega cerca de 300 trabalhadores, a ValverIbérica e a ValverPortugal, que produzem artigos plásticos e acessórios para a indústria automóvel, com 100 trabalhadores e o grupo Transcoura, que emprega 130 pessoas.