O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a condenação do empreiteiro Domingos Correia, mais conhecido como “dono do camião do fraque”, por injúrias contra um outro empresário de Braga, António Feliz, na sequência de desentendimentos com os negócios.
Domingos Correia é conhecido por “dono do camião do fraque”, porque andava atrás do presidente do SC Braga, António Salvador, bem como da sua esposa e filhos, reclamando uma alegada dívida, mas esta condenação tem a ver com injúrias a um outro empresário, António Feliz, o dono de um dos principais universos empresariais de Braga.
Domingos Ferreira Correia, de 42 anos, negou no julgamento ter proferido a expressão, “vós estais habituados a roubar”, alegadamente dirigida a António Feliz, o administrador da metalomecânica O Feliz, devido a desinteligências relativas aos negócios entre ambos.
A hipótese de um acordo gorou-se, porque Domingos Correia recusou pedir desculpa ao então seu amigo, pelo teor do seu telefonema, realizado a 26 de novembro de 2015, já que segundo a versão do arguido, “eu nada lhe disse que justifique um pedido de desculpas”, negando tais palavras, mas “somente disse que iria tratar do caso nas instâncias próprias”.
Segundo Domingos Correia, “ele não construiu um pórtico em Vila Franca de Xira que lhe paguei antecipadamente e tive de custear duas vezes para outros o fazerem”, enquanto António Feliz disse que a razão do telefonema foi para “pedir-me uma redução do preço”.
O Tribunal Judicial de Braga condenara em 120 dias de multa, no valor total de 960 euros, o empreiteiro acusado de injuriar o empresário e ofender a empresa, por num telefonema, ter referido que estariam António Feliz e a empresa O Feliz, ambos “habituados a roubar”.
O empresário bracarense foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 1.500 euros, verbas que o lesado, António Feliz, entregará a uma instituição de solidariedade social, como anunciara no início, segundo afirmou a O MINHO a sua advogada, Eugénia Soares.
Deste acórdão condenatório, proferido pelo Tribunal da Relação de Guimarães, já não há qualquer hipótese de recurso, pelo que a decisão será executada em breve, mas o caso das alegadas injúrias a António Salvador e seus familiares mais diretos ainda não foi julgado.