Funcionários das Misericórdias vão estar em greve entre as 00:00 e as 23:59 desta quinta-feira pelo “aumento dos salários de todos os trabalhadores” e “pela valorização da carreira profissional de todos os trabalhadores da Linha da Frente“.
No pré-aviso de greve organizada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio Escritórios e Serviços, a que O MINHO teve acesso, é ainda referido que, pelas 10:00 horas, funcionários vão concentrar-se em frente das instalações da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, para fazer ouvir o seu apelo.
Fonte daquele sindicato adiantou a O MINHO que há a necessidade de “coragem para valorizar as carreiras profissionais de quem, num momento particularmente difícil, não abandona utentes, trabalha no limite das suas forças e capacidades, dando o melhor de si para cuidas dos que mais necessitam”.
“Não podemos aceitar que os salários das Ajudantes de Lar, com 5, 10, 15, 20, 25 e mais anos de antiguidade nas instituições, seja o Salário Mínimo Nacional. Não aceitamos que não nos paguem as diuturnidades, nem valorizem a nossa especialização”, disse a mesma fonte.
O sindicato queixa-se que, desde há pelo menos 4 anos, os salários da generalidade dos trabalhadores não são aumentados.
“É preciso valorizar significativamente quem, de uma forma exemplar, cumpre o seu papel, mesmo vendo os seus direitos colectivos serem atropelados todos os dias pelo Governo PS e demais partidos na Assembleia da Républica e Direções das Misericórdias”, vinca a fonte.
“Os trabalhadores das Misericórdias não esquecem que foram obrigados pelo Governo e Instituições a trabalhar 10, 12, 24 horas seguidas, 7 ou 14 dias consecutivos. Até ao momento nenhum recebeu o trabalho suplementar devido”, relembra.
“Os trabalhadores não esquecem que foram impedidos de gozar férias, de rescindir contratos de trabalho e até de prestar assistência aos seus filhos”, acrescenta.