Uma campanha de angariação de fundos para reconstruir a casa destruída por um explosão mortal em Campo, em Barcelos, não está, afinal, a ser promovida pela família afetada.
Após O MINHO noticiar a campanha que está ativa na plataforma Gofundme, a filha do casal, Diana Pinheiro, contactou o nosso jornal garantindo que a angariação de fundos não é da responsabilidade da família.
O texto que acompanha a campanha vem escrito na primeira pessoa, mas é assinada por José Araújo, que não é nenhum elemento da família, ao contrário do que refere o texto.
Segundo Diana Pinheiro, até poderá tratar-se de uma boa ação por parte de vizinhos, mas a família não foi informada.
E acrescenta que a família, apesar de precisar de apoio, não iria pedir para já verbas para materiais de construção quando ainda decorre a investigação da Polícia Judiciária e não estão concluídos todos os processos relacionados com o seguro.
O MINHO contactou a plataforma Gofundme para obter esclarecimentos sobre o caso, que respondeu o seguinte: “Como sempre, só liberaremos os fundos quando o beneficiário correto for adicionado à campanha”.
Explosão ouvida a vários quilómetros de distância
Como O MINHO noticiou, Irene Pinheiro, de 61 anos, morreu na sequência de uma explosão numa habitação em São Salvador do Campo, Barcelos, na manhã de 21 de junho.
A casa ficou completamente destruída.
O alerta foi dado pelas 07:09.
A explosão, que foi ouvida a vários quilómetros de distância, provocou danos noutras casas e numa fábrica existentes na zona, disse fonte dos bombeiros.
Segundo o adjunto do Comando dos Bombeiros Voluntários de Barcelos, José Simões, a causa mais provável da explosão terá sido uma fuga de gás.
A habitação em que se registou a explosão “era recente” e ficou “praticamente toda destruída”.
“Foi uma onda de choque muito grande, a habitação está praticamente toda destruída, há casas ao lado com vidros partidos e telhados parcialmente levantados”, acrescentou José Simões.
Na habitação estavam outras duas pessoas, que escaparam “apenas com algumas escoriações” e que foram assistidas por psicólogos do INEM.
Notícia atualizada às 17h00 após contacto da família a esclarecer que a campanha não era da sua responsabilidade e às 10h45 (11/07) com resposta da plataforma Gofundme.