A Câmara de Famalicão já aprovou subsídios num valor global superior a 759 mil euros, destinados à recuperação de 163 habitações de famílias carenciadas do concelho, informou o município.
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Os subsídios são atribuídos no âmbito do programa “Casa Feliz”, lançado em 2005 e pelo qual a câmara disponibiliza até 5.000 euros para obras de recuperação de habitações de famílias com manifestas carências financeiras.
A habitação de Jeremias e Conceição Moreira, que tinha o teto literalmente a cair, foi uma das últimas a ser contemplada com o apoio municipal.
“Agora, já posso deitar-me na cama e olhar para o teto sem medo de acordar com ele em cima de mim”, desabafa Conceição Moreira.
Com a intervenção, a casa, localizada na freguesia de Antas, também já dispõe de uma casa de banho “em condições” e de água quente.
Conceição é desempregada “desde sempre” e o marido está reformado desde 2005, por invalidez.
“Sem o apoio da câmara, nunca teríamos possibilidades de arranjar a casa. Posso dizer que este foi a melhor ajuda que já tive na minha vida toda”, atirou a mulher.
Em Fradelos, Conceição Ribeiro também acaba de ser contemplada com obras em casa, que se traduziram, essencialmente, na substituição do telhado.
“Era humidade por todos os lados, chovia cá dentro, o frio era muito”, enumera Conceição, 56 anos de idade e desempregada há 12, depois de a fábrica de confeções em que fazia limpeza ter fechado.
Agora, adianta, “já dá outro gosto estar em casa”.
Só nos últimos dois anos, o programa Casa Feliz aprovou 50 processos, a que correspondem subsídios superiores a 200 mil euros.
Este ano, estão já aprovados quatro processos, que custarão aos cofres do município 18.540 euros.
As habitações contempladas tanto podem ser próprias como alugadas.
As famílias devem preencher as condições previstas no Regulamento Municipal de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos em Matéria Habitacional.
O programa contempla obras de conservação, reparação ou beneficiação de habitações degradadas, incluindo ligação às redes de abastecimento de água, eletricidade e esgotos, ampliação de moradias e melhoria das condições de segurança e conforto de pessoas em situações de dificuldade de mobilidade ou segurança no domicílio, nomeadamente quando envolve pessoas idosas ou com deficiências.
São beneficiários deste programa pessoas ou agregados familiares desfavorecidos, com rendimentos mensais inferiores a 60 por cento do salário mínimo nacional, que residam no município há pelo menos três anos e que não possuam outro imóvel destinado a habitação.
O dinheiro é todo investido nas obras, uma vez que o projeto é desenvolvido pelos técnicos da autarquia.
“Este programa é uma das apostas mais bem-sucedidas do município, tendo em conta que tem um enorme alcance social, contribuindo diretamente para uma melhoria acentuada das condições de vida das pessoas que mais precisam”, sublinha um comunicado da câmara.