Um português foi extraditado na terça-feira, do Brasil para Portugal, dez meses depois de ter sido detido, através da Interpol, para cumprir em Braga pena de prisão efetiva de três anos e dois meses por burla qualificada, a que foi condenado pelo Tribunal de Braga, porque se provou intitular-se representante de um banco suíço e conseguido obter avultadas quantias em dinheiro junto de empresários.
Segundo o processo, o suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada, far-se-ia passar como sendo representante de um banco suíço, para aliciar empresários e pessoas com alto poder aquisitivo em Portugal, principalmente na zona de Braga, com isso se apropriando de elevadas quantias à custa de “empresários de sucesso”, todos aliciados com “boas contrapartidas” para “depósitos e investimentos”.
Ainda de acordo com as autoridades brasileiras, o cidadão português, então foragido no Brasil, foi condenado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga, a cumprir a pena de três anos e dois meses de prisão pelo crime de burla qualificada, cujo delito na lei brasileira é semelhante ao estelionato, sabendo-se que o arguido fará um período de quarentena antes de ingressar na Cadeia Regional de Braga.
Segundo noticiou a Polícia Federal, do Brasil, a extradição do português processou-se pela representação regional da Interpol no Rio Grande do Norte, que a executou no final da noite da última terça-feira, aos ter sido preso em agosto de 2021, em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, devido a uma ordem judicial para a extradição que havia sido emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde a sua prisão, o português estava detido na Cadeia Pública de Natal. Transferido para a sede da Polícia Federal, em Natal na noite de terça-feira, seguindo sob escolta até ao Aeroporto Internacional em São Gonçalo do Amarante/Rio Grande do Norte, onde foi entregue aos polícias portugueses para a condução até Lisboa, tratando-se de inspetores da PJ afetos ao Gabinete Nacional da Interpol.
Desde de 2021, a Polícia Federal prendeu no Rio Grande do Norte cinco estrangeiros de diferentes nacionalidades procurados pela Interpol para fins de extradição.