O “Jardim da Reflexão” foi o jardim mais votado pelos visitantes durante o 17.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, cujo tema era “Os Jardins e as Alterações Climáticas”, foi hoje divulgado.
Trata-se de um projeto idealizado em parceria entre o Brasil e a Espanha, concebido pelo arquiteto paisagista Andrei Morais e o jardineiro e paisagista Dani Vilana, e que alcançou 34,6% dos votos.
Na descrição do projeto pode ler-se: “O visitante entra neste espaço por uma estrutura semifechada que serve de memorial a todas as plantas desaparecidas ou ameaçadas de extinção. Este espaço também tenta transmitir todos os efeitos negativos das mudanças climáticas: aumento da temperatura, escuridão e desolação”.
Em segundo e terceiro lugar foram votados dois jardins portugueses – o “Jardim Mutante” da arquiteta Elsa Maria Gomes e do serralheiro Diamantino Gomes com 12% e, por sua vez, com 11,7%, ficou “Revitalização do Património Hidráulico Minhoto – exemplo(s) de uma arquitetura sustentável” pela arquiteta Ana Mafalda Marques, a engenheira Ana Maria Ribeiro e a artista plástica Sara Leonor Sousa.
Jardins da ‘pequenada’
Na 7.ª edição do Festival de Jardins Escolinhas que aconteceu em simultâneo ao FIJ, o jardim mais votado foi “Que pegada queres deixar no Mundo?” da autoria da turma P3B da Escola Básica de Ponte de Lima sob a orientação da professora Anabela Magalhães – com 19,9%, seguido do “Jardim das Abelhas”, que alcançou 19,5%, uma criação do Jardim de Infância de Arcozelo, sob a coordenação da professora Maria Paula Coelho. Em 3.º lugar, com 9,1% ficou “O Mundo está nas nossas mãos” da autoria da turma T4A da EB de Trovela, orientados pelas professoras, Alexandra Freitas, Conceição Rodrigues e Cristina Araújo.
Como os mais votados, o “Jardim da Reflexão” e “Que pegada queres deixar no Mundo?”, vão manter-se em exposição em 2023 no Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, com o tema “Jardins Saudáveis”, concluiu a autarquia.
Este ano existiram 12 projetos a concurso provenientes de Portugal, Polónia, Alemanha, Áustria, Roménia, Noruega, Brasil, Espanha, Escócia, Itália, Republica Checa e França.
Esteve, também, exposto o jardim mais votado do ano passado – “O Jardim do Diálogo”, da autoria da arquiteta paisagista da República Checa, Magda Jandová, em parceria com os Viveiros Adoa, de Vigo.
Premiado internacionalmente, este festival recebeu em 2013 o título Garden Tourism Awards, no “North American Garden Tourism Conference”, em Toronto, Canadá, e em 2017 a distinção “Europe for Festivals, Festivals for Europe” – EFFE Label 2017-2018.
Propostas selecionadas pelo júri para a 17ª edição do Festival Internacional de Jardins 2022:
– Be Climate-Wild Bee-Frendly – Alemanha /Áustria
– Água da Vida – Polónia
– Revitalização do Património Hidráulico Minhoto – Portugal (3.º prémio)
– Crumbling Garden – Polónia
– Jardim Mutante – Portugal (2.º prémio)
– Jardim Polinizador – Portugal
– On The Edge of Tomorrow – República Checa
– The Evolution Garden – Escócia / Espanha
– Jardim da Reflexão – Brasil / Espanha (1.º prémio)
– Convivio-A Journey into the Future – Itália
– Every Step you Take – Áustria