O Tribunal de Braga inicia, esta semana, o julgamento de um empresário do ramo automóvel da cidade que burlou um outro, morador em Prado, Vila Verde, ao apropriar-se de três viaturas pertença deste.
José F., de 46 anos, com oficina de automóveis em Braga, negociava amiúde com Carlos C. a compra ou a venda de automóveis. Tinham mesmo relações de confiança e de amizade.
No verão de 2012, o empresário de Prado entregou ao José F. um Mercedes-Benz, valendo 7.500 euros, para que este o vendesse. Mas o tempo foi passando e nada aconteceu, o que levou o Carlos C., já em maio de 2103, a pedir que o carro lhe fosse devolvido. Mas, nada.
Antes, em 2007 e em 2008, o Carlos C. comprou duas viaturas ao José F., um BMW 501, por 25 mil euros e um Jaguar XJ 16 Sovereign por 15 mil. E aí terão ocorrido mais duas burlas… Tempos depois, o José F. pediu-lhe que lhe emprestasse o BMW para ir ao casamento de um irmão, o que sucedeu. A seguir, solicitou-lhe o favor de guardar o veículo na oficina que o arguido tinha na Avenida Imaculada Conceição. Já em 2010, o Carlos C. pediu ao José F. que levasse o Jaguar à oficina porque estava com problemas de bateria e que, depois de arranjado, lho devolvesse. O que não sucedeu.
BMW vendido com assinatura falsa
Já em 2013, e como o arguido não lhe entregava os carros de volta, tendo mesmo deixado de o atender telefonicamente, veio a descobrir que o BMW fora vendido a um homem de nome Francisco, com recurso a declaração de venda com assinatura falsa, por 13.500 euros.
E teve de cancelar a matrícula do Jaguar para que o alegado burlão não o pudesse transacionar.
O José F. vai ser julgado por um tribunal coletivo por três crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.