A empresa Transportes Urbanos de Braga (TUB) comprou à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) 44 autocarros, um “negócio de grande oportunidade” no valor de 250 mil euros, revelou esta segunda-feira o presidente da autarquia bracarense.
Ricardo Rio, que fez o anúncio esta manhã na habitual conversa com os jornalistas após a reunião do executivo, disse que a compra resolve o “problema” da frota da transportadora urbana bracarense durante os próximos cinco anos e explicou que a ideia surgiu depois de ter sido dada a conhecer a situação excedentária de veículos em relação ao número de motoristas na STCP.
A TUB comprou, assim, aos STCP 39 autocarros ‘standard’ e cinco miniautocarros que, em média, têm 15 anos, o que irá permitir enviar para abate 30 dos atuais veículos que circulam e que já têm uma idade superior a 25 anos.
“Este foi um negócio de grande oportunidade”, apontou Ricardo Rio.
“Há um saldo de 10, 15 anos e reduz-se para metade a idade dos veículos em circulação. Desta forma, são otimizados recursos do ponto de vista da manutenção e gestão até porque agora quase 70% da frota é de viaturas idênticas”, explicou.
Acrescentou que, com isto, “o problema da frota dos Transportes Urbanos de Braga fica resolvido para os próximos cinco anos”.
Quanto a valores, explicou, o negócio rondou os 250 mil euros, que serão “pagos a pronto”, sendo que os autocarros ‘standart’ ficaram por 5.500 mil euros cada um e os miniautocarros por 11 mil euros o veículo.
Outro assunto abordado na reunião do executivo foi o “reforço” dos apoios socioeducativos ao nível das refeições aos alunos dos escalões A e B, medida já anunciada pela autarquia e que foi aprovada, esta segunda, por unanimidade, com o vereador da CDU a levantar algumas questões sobre se a ajuda agora concedida irá “no limite” chegar mesmo às famílias.
A autarquia vai dar cinco euros por aluno daqueles escalões para ajuda nos custos do apoio às refeições das crianças, que em muitos casos são suportados pelas famílias que os pagam às instituições que fornecem aquele serviço.
Além disso, vai ainda ajudar a custear a abertura das cantinas escolares nas férias do Natal, Carnaval e Páscoa.
“Há uma falta de garantia de que os 5 euros dados pela câmara vão mesmo chegar às famílias e não apenas beneficiar as instituições que prestam o serviço. No limite o apoio pode não chegar às famílias porque a câmara transfere a verba mas as instituições não ficam obrigadas a abater essa verba ao valor que cobram às famílias”, explicou.
Ricardo Rio reconheceu que “é impossível garantir” que o apoio se vai repercutir nas famílias mas salientou o mérito da medida.
“Nos casos em que as entidades não estão a cobrar nada vamos, assim, mitigar os custos que as instituições têm, nos outros casos acho que os pais têm o direito de exigir que a fatura mensal seja diminuída”, referiu.
O PS, apesar de ter votado favoravelmente a medida, acusou a maioria PSD/CDS-PP/PPM de “travestir” propostas socialistas que antes recusou e considerou que esta ajuda podia “ir mais longe” e contemplar servir refeições também nas férias de verão.
“Essa acusação é demagogia”, respondeu Rio.