O PubhD UMinho retoma o encontro com o seu público de Braga e apresenta duas investigadoras dispostas a explicar os seus projetos em bioengenharia e em educação de adultos e intervenção comunitária. Hoje, há mais uma sessão, pelas 21:15 no Barhaus. A entrada é gratuita.
Catarina Moura concluiu em 2018 o seu doutoramento em bioengenharia, engenharia dos tecidos e microscopia na Universidade de Southampton.
Durante quatro anos estudou formas de criar uma nova técnica de imagem que pudesse contribuir para a monitorização e controle de ossos e cartilagens em crescimento e regeneração. “Quando uma pessoa parte um osso por vezes demora muito tempo até que o osso e a cartilagem voltem a sua função normal”, explica Catarina.
E refere ainda que no laboratório inglês, e numa feliz combinação de esforços com o Institute for Life Sciences e o Centre for Human Development, Stem Cells and Regeneration, tentou melhorar a capacidade de crescimento e regeneração de ossos e cartilagens sob monitorização.
A tarefa mostrou-se complexa, mas a combinação de conhecimentos em química, física e medicina resultou num novo sistema de imagem que permite visualizar o crescimento dos tecidos sem que as células se alterem ou morram. É sobre esta promissora técnica de microscopia e das vantagens que poderá significar para a engenharia de tecidos e medicina regenerativa que Catarina Moura vai falar no PubhD UMinho.
Maria João Faria terminou há pouco o mestrado em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária no Instituto de Educação da Universidade do Minho inserida no projeto IntegrArte.
O projeto envolveu famílias refugiadas oriundas do Congo, Ucrânia e Bangladesh e teve como objetivo conceder a estas pessoas ferramentas e oportunidades de integração na comunidade de acolhimento.
Para o efeito foram promovidas diversas atividades, desde visitas guiadas a cidades portuguesas, a audição de música portuguesa, a experimentação da gastronomia nacional e, claro, a aprendizagem de português. Como resultado verificou-se que cada um dos membros das famílias envolvidas no projeto evidenciou conhecimento adquirido sobre a realidade sócio cultural portuguesa.
“O projecto IntegrArte contribuiu para uma melhoria da qualidade de vida destas famílias pelo facto de trabalhar a inclusão das mesmas com um acompanhamento quase diário”, explica Maria João que realça o facto de esta iniciativa “dar a conhecer a pessoas e entidades a situação dos refugiados, alargando desta forma a onda de entreajuda e compreensão relativamente a este público”.