O Congresso das Escolas realiza-se a partir de sexta-feira, em Braga, e vai voltar a juntar diretores das escolas públicas, privadas e profissionais para discutirem preocupações comuns, pela primeira vez desde a pandemia da covid-19.
“O nosso objetivo foi juntar, no mesmo espaço, os diretores de todo o tipo de estabelecimentos de ensino: escolas públicas, privadas e das escolas profissionais. Todos juntos e a discutir os mais diversos temas que preocupam as escolas”, explicou à Lusa o diretor executivo da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo.
Organizado pela AEEP, a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), a Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) e a Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO), o primeiro Congresso de Escolas realizou-se em 2017, em Lisboa, com o alto patrocínio do Presidente da República, e novamente em 2019.
A ideia era repetir a cada dois anos, mas a pandemia da covid-19 obrigou a adiar a terceira edição, que decorre, dois anos após previsto, entre sexta-feira e sábado, em Braga, contando já com mais de 400 inscritos.
O público-alvo, explica o presidente da ANDAEP, Filinto Lima, são todos os membros da comunidade educativa, e não apenas os diretores, para uma discussão abrangente sobre diferentes temas que importam às escolas, independentemente do setor.
Pedagogia, o perfil dos docentes, literacia, os media e o papel da arte nas aprendizagens são alguns dos temas que vão estar em discussão durante os dois dias, além de outros, como a felicidade e bem-estar, a inovação pedagógica ou educação inclusiva, que acabarão por refletir as experiências durante a pandemia da covid-19.
“Enquanto escolas, temos muito mais que nos une do que aquilo que nos divide”, sublinhou Rodrigo Queiroz e Melo, considerando que os diretores, sejam do público, privado ou profissional, preocupam-se, sobretudo, com o ensino dos alunos e essa “é uma preocupação comum”.
Manuel Pereira, presidente da ANDE, concorda: “Cada um tem o seu objetivo, o seu trabalho, mas quilo que nos une, neste caso, é a qualidade da educação e do trabalho que fazemos nas escolas”.
Para o diretor do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães, o Congresso é uma oportunidade para partilhar visões e experiências em que todos têm em vista a melhoria da qualidade do ensino.
“Todos querem o melhor para o público que servem, que são os nossos alunos”, acrescentou Filinto Lima, considerando que a competição em que muitas vezes parecem ser colocadas não existe.
Além dos membros das quatro associações, vão também participar no Congresso Licínio Lima, investigador e professor na Universidade do Minho, Henrique Leitão, historiador na Universidade de Lisboa, e Paulo Baldaia, jornalista.