A Câmara de Celorico de Basto, concelho que tem a água mais cara de toda a região Minho, vai atribuir a tarifa social a 1.300 famílias que, assim, passarão a ter uma poupança de 10,35 euros no final do mês (124,2 euros num ano).
Em nota enviada a O MINHO, a autarquia refere que a medida, aprovada esta quinta-feira em reunião do executivo, abrangerá “25,7% do total dos consumidores domésticos”.
A medida abrange todos aqueles que beneficiam do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, do abono de família, da pensão social de invalidez, da pensão social de velhice e ainda os clientes finais cujo agregado familiar tenha um rendimento anual igual ou inferior a 5.808 euros acrescido de 50% de cada elemento do agregado familiar que não aufira qualquer rendimento.
Como O MINHO noticiou, segundo um estudo da Deco – Defesa do Consumidor, publicado esta semana, Celorico de Basto é o concelho de toda a região do Minho com a água mais cara.
Segundo o estudo, os consumidores de 120 metros cúbicos pagam anualmente 447,13 euros, enquanto a fatura para os de 180 metros cúbicos chega aos 664,94. Em termos de comparção, no segundo concelho mais caro, Esposende, as faturas médias anuais para os mesmo consumos são, respetivamente, 391,82 e 664,94 euros.
José Peixoto Lima, presidente da Câmara de Celorico, considera que a tarifa social “insere-se nas políticas sociais que o Município considera como fundamentais no apoio às famílias mais vulneráveis economicamente e que se vêm aflitas para pagar a fatura da água”.
“Surge ainda por verificarmos que, efetivamente a água apresenta custos elevados e muitas vezes, difíceis de suportar”, acrescenta, citado no comunicado.
A Câmara explica que esta tarifa social consta efetivamente da isenção da tarifa fixa de abastecimento da água, no valor de 6,071 euros e do desconto a incidir sobre o preço a pagar por metro cúbico da água fornecida, mediante a fixação do preço previsto para o 1º escalão (0,6973€ m3), até ao consumo de 10m3.