Ambos se chamam Bruno. Um Daniel e outro Agostinho. E têm um longo historial de crimes e muitos anos de prisão. Apanharam, agora, no Tribunal Judicial, cinco anos de prisão, suspensos por igual período, por tentarem introduzir canábis na cadeia de Braga. Que seria para vender a outros reclusos.
Em abril de 2016, o Bruno Agostinho foi visitar o Daniel. Na revista, à entrada, nada lhe detetaram. Na sala conhecida como parlatório cumprimentou o amigo com a mão em cuja palma tinha um pequeno embrulho com droga. Que o outro meteu, de imediato, entre as cuecas. Só que, um dos guardas prisionais, topou o gesto rápido e descobriu cinco pedaços de canábis, quase 15 gramas.
Uns dias depois, revistaram-lhe a cela e encontraram mais um pequeno taco de haxe numa caixa de folhas de tabaco.
Julgados, já com o Bruno Daniel em liberdade, o Tribunal teve em conta que, ambos foram já condenados, sete e nove vezes, respetivamente, por crimes diversos, entre os quais o de roubo.
Resolveram, no entanto, apesar da repetida tendência para reincidirem, suspender-lhes a execução da pena, por entenderem que estão no bom caminho, o da “ressocialização”, com tratamento à toxicodependência, a trabalhar, e com relações familiares e humanas.
Se prevaricarem cumprem mais cinco anos.