São cerca de 64 mil as famílias no distrito de Braga e 20 mil do distrito de Viana do Castelo que vão beneficiar do apoio extraordinário levado a cabo pelo Governo no âmbito da invasão da Federação Russa na Ucrânia. Cada um destes agregados deverá receber 60 euros até final de abril, através de uma transferência direta da Segurança Social.
Este apoio, disse o ainda ministro da Economia Siza Vieira, servirá para mitigar os efeitos sentidos em Portugal com o aumento do preço de alimentos de primeira necessidade, e visa as famílias que já beneficiam da tarifa social de eletricidade.
No distrito de Braga, os concelhos com mais famílias beneficiárias são Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, concentrando mais de 60% de todos os apoios. Seguem-se Fafe, Vila Verde, Esposende, Celorico de Basto, Póvoa de Lanhoso, Amares, Cabeceiras de Basto, Vizela, Vieira do Minho e Terras de Bouro.
Em Viana do Castelo, os concelhos de Viana e Ponte de Lima são os que mais recebem deste ‘bolo’ – mais de 50%. Seguem-se Monção, Caminha, Valença, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Paredes de Coura, Melgaço e Cerveira.
Criado esta quarta-feira, este novo apoio deverá custar em torno dos 45 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pelo jornal Eco, e vai abranger cerca de 760 mil beneficiários, de acordo com os dados da Direção-geral de Energia e Geologia de fevereiro. São cerca de metade dos apontados pelo ministro, aquando da apresentação do programa.
O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira o decreto-lei que prevê a criação de um apoio extraordinário para as famílias mais vulneráveis para fazer face aos efeitos do aumento do preço dos bens alimentares de primeira necessidade.
Esta medida integra um conjunto de apoios às famílias e empresas na sequência da guerra na Ucrânia e que pretende mitigar o efeito da subida dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares.
A criação de um mecanismo desta natureza tinha sido anunciada pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, em 14 de março, numa conferência de imprensa.
Com Lusa