O presidente da Câmara de Celorico de Basto disse hoje ter solicitado, com urgência, uma audiência com o ministro da Educação para tentar evitar o encerramento da escola do Rego e corresponder à vontade dos pais dos alunos.
Joaquim Mota e Silva afirmou acreditar que o ministro será sensível aos argumentos do Município e, sobretudo, dos encarregados de educação que hoje se manifestaram na escola contra o seu encerramento que foi determinado pela tutela.
O presidente da edilidade recorda que o atual Governo e os partidos que o suportam no Parlamento se opõem ao encerramento de serviços nas zonas mais desprotegidas, como escolas, tribunais e cuidados de saúde e que, por isso, terá em conta, neste caso concreto, “a vontade dos pais e o interesse das crianças”.
Contudo, segundo o autarca, o Ministério da Educação pretende transferir os cerca de 40 alunos da escola de S. Bartolomeu do Rego para o Agrupamento de Gandarela, a cerca de oito quilómetros de distância. Aquela decisão, disse, surpreendeu a autarquia, que não foi informada oficialmente.
A tutela invoca como motivação para o encerramento, segundo o presidente, a existência de duas turmas mistas, uma com o primeiro e o segundo anos e outra com o terceiro e o quarto anos, argumento que não convence Joaquim Mota e Silva. O presidente recorda que em todos os agrupamentos do concelho há turmas mistas e não é por isso que essas escolas fecham.
A decisão de encerramento é contestada pelos pais e contam com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. As três partes defenderam hoje, “em consenso”, a manutenção do estabelecimento, recordando que é das escolas com melhores resultados na região.
Por acordo entre a Câmara, a Junta de Freguesia e os encarregados de educação foi hoje decidido, “a título provisório”, manter os alunos, durante alguns dias, na escola da localidade, enquanto se aguarda a reunião com a tutela.
O Município disponibilizou dois professores e os demais serviços de apoio ao funcionamento do estabelecimento, como transportes e refeições.
“Tenho uma fé muito grande que o senhor ministro, que é uma pessoa democrática e com uma postura plural vai aceder à nossa vontade, o que será de inteira justiça”, comentou o autarca.
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