A Câmara de Guimarães vai contrair um empréstimo de 19 milhões de euros a pagar em 20 anos, para realizar o seu Plano de Investimento. O financiamento segue-se a outro, de 12 milhões de euros, contratado em 2019 e, apesar da aprovação por unanimidade, foi alvo de várias críticas por parte da oposição.
Os 19 milhões serão aplicados na Estratégia Local de Habitação, na aquisição de terrenos para ampliação de parques industriais, para a construção de novos parques industriais e para a construção da via de ligação ao Avepark e ainda para financiamento da construção da Escola Hotel do IPCA, da EB 2,3 de São Torcato e da Loja do Cidadão.
Para a habitação estão destinados 5,5 milhões deste valor, sete milhões irão para as aquisições de terrenos, a Escola Hotel terá uma verba de 3,5 milhões, a EB 2,3 de São Torcato dois milhões e um milhão será destinado à construção da Loja do Cidadão que, segundo Domingos Bragança, deverá ficar numa superfície comercial devoluta na rua de Santo António.

O vereador do PSD, Hugo Ribeiro, queixa-se da falta de desagregação destas rúbricas. “Queremos votar em consciência. Alguns dos pontos que aqui vêm deviam estar mais desagregados. Que terrenos vão ser adquiridos? Quais os parques industriais que vão ser ampliados? Quantos parques industriais vão ser construídos e onde? Quantos fogos vão ser construídos e onde?” – pergunta o vereador social-democrata.
“Isto não poderia ter sido feito em 2019?” – continua Hugo Ribeiro, lembrando que na altura em que foi contraído o empréstimo anterior mencionou a possibilidade de se fazer um financiamento de valor mais elevado para fazer face a estas situações. “Estamos aqui a falar de projetos que se prolongam no tempo”, afirma. Para o vereador do PSD, não há dúvida que “há obras que são importantes para o concelho que são escalonadas de acordo com o ciclo eleitoral”.
Ainda assim, os vereadores da coligação PSD/CDS votaram favoravelmente a proposta que reconhecem estar alinhada com algumas das principais preocupações que levantaram na campanha para as eleições autárquicas de setembro do ano passado.
Para Domingos Bragança, trata-se de “robustecer as propostas que se pretende ver financiadas pelo PRR, porque são financiados os projetos que tiverem mais maturidade.”