A Câmara de Braga adiou hoje a votação para alteração do Plano Diretor Municipal, que pretende a criação de um ecoparque nas Sete Fontes, após o PS argumentar necessidade de esclarecimentos por a questão ser “sensível e muito técnica”.
O executivo municipal, liderado por Ricardo Rio (PSD/CDS-PP/PPM), tinha na ordem de trabalhos da reunião de hoje a votação à alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), de forma a “ajustar a delimitação da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão das Sete Fontes, a definição da estrutura urbana que articule o Ecoparque e a sua ocupação envolvente, assim como a revisão e o aprofundamento da normativa executória, por forma a assegurar a exequibilidade da globalidade deste programa”.
No entanto, a pedido dos vereadores do PS, e com a concordância do vereador da CDU, a votação não foi efetuada, tendo sido adiada para a próxima reunião do executivo.
O PS justificou o pedido, argumentando que é uma “matéria muito sensível e muito técnica”, pelo que o executivo decidiu ainda marcar uma reunião para esclarecimentos com a equipa técnica da autarquia.
Além da alteração ao PDM, o executivo vai ainda decidir sobre a abertura do procedimento de elaboração do Plano de Urbanização do Ecoparque das Sete Fontes, que tem com objetivo “enquadrar e viabilizar o projeto para a efetiva concretização” deste parque, “com uma área similar à constante no PDM em vigor” e perspetivando aquele equipamento “como uma ocupação florestal que permita o seu usufruto pela população”.
O plano de Urbanização “visa, ainda, assegurar a salvaguarda e valorização do antigo sistema de abastecimento de águas”, classificado como Monumento Nacional, e estabelecer a relação entre o Ecoparque e a sua área envolvente, nomeadamente com Gualtar, Hospital, Bairro da Alegria, Areal de Baixo e de Cima.