O casal que matou uma mulher de 69 anos em Braga, em novembro passado, usou uma toalha embebida em lixívia para asfixiar a vítima. O homicídio foi cometido com o objetivo impedir Maria da Graça Ferreira de alterar o testamento, no qual deixava o que tinha ao arguido, com o qual mantinha uma relação.
Júlio Araújo, de 52 anos, e a companheira, Helena Gomes, de 48, estão acusados pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado, profanação de cadáver e burla informática, adianta o Correio da Manhã, que teve acesso à acusação.
“Os arguidos abeiraram-se da vítima e um deles, munido com uma toalha previamente embebida em lixívia colocou-se em cima do corpo da vítima e com a a ajuda da toalha tapou-lhe a boca e o nariz, impedindo-a de respirar”, refere a acusação citada por aquele jornal.
Os homicidas mantiveram o cadáver em casa durante cerca de 24 horas. Depois vestiram a vítima e transportaram-na até ao caminho ermo onde haveria de ser encontrada no dia 4 de novembro.
Segundo a acusação, citada pelo Correio da Manhã, o casal planeou matar a mulher cerca de uma semana antes do crime.
O objetivo era impedir que alterasse o testamento que fez em fevereiro de 2020 e que indicava como único beneficiário Júlio Araújo, que ficaria na posse do apartamento da vítima.
Como a relação estava a deteriorar-se, a mulher anunciara-lhe que iria mudar o testamento a favor de uma sobrinha.
A vítima sofreu várias lesões na cabeça, pescoço, tórax e braços.
Após o homicídio, os arguidos fizeram levantamentos com o cartão da vítima e roubaram-lhe um anel e um fio com um crucifixo em ouro.
O casal está em prisão preventiva após ter sido detido pela Polícia Judiciária.