Alto Minho
Ativistas antitouradas juntos em Viana para “pensar” plano contra corridas
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Reunir em Viana do Castelo o “maior número” de ativistas dos direitos dos animais, para traçar um plano contra as corridas de touros na cidade, a primeira antitouradas do país, é o objetivo de um movimento cívico local.
Em declarações feitas hoje, a porta-voz do grupo antitouradas de Viana do Castelo, Ana Macedo, adiantou que a reflexão irá acontecer num debate, no próximo sábado, sobre os direitos dos animais, centrado “no inferno que a cidade vive desde há quatro com o regresso das corridas de touros”.
“A única forma de resolver este problema é falando e tentar traçar um plano que nos permita fazer algo mais do que tem sido feito. Vem aí uma tourada e temos e temos que nos unir e pensar todos juntos o que podemos fazer para a evitar”, afirmou.
O debate, agendado para as 16:00 do próximo sábado, no auditório do Grupo Desportivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, surge na sequência do anúncio, a semana passada, pelo movimento de aficionados “Vianenses pela Liberdade” de uma nova tourada, a 23 de agosto, no último dia das Festas de Nossa Senhora da Agonia, em local e com cartel ainda em segredo.
Na altura, o porta-voz do grupo pró-touradas, José Carlos Durães avançou à Lusa que o pedido de licenciamento do espetáculo deverá ser entregue esta semana na Câmara local.
Aquele movimento foi criado em 2009, depois de a câmara local ter aprovado, por proposta da maioria socialista, uma declaração afirmando Viana como “antitouradas”, prevendo não autorizar qualquer evento deste género em terrenos públicos ou privados desde que tal dependesse de decisão do município.
A realizar-se este ano, será a quarta corrida de touros a decorrer na cidade desde então, e a segunda a ser organizada por aquele movimento local.
Para Ana Macedos trata-se de “um verdadeiro inferno que se abateu sobre a cidade, desde 2012, e que veio impedir que as pessoas vivam em paz as festas da cidade”.
“Sei que maioritariamente Viana do Castelo é contra as touradas. Disso não tenho qualquer tipo de dúvida. O que tenho é uma tristeza muito grande porque as pessoas não dão um passo em frente para ajudar a resolver este problema”, sustentou.
Apelou à “forte” participação de todos os ativistas dos direitos dos animais no debate do próximo sábado, adiantando que “a mobilização está a ser feita através da página do grupo nas redes sociais”.
“Vêm pessoas de Lisboa e do Porto para partilhar connosco as experiências que tenham desenvolvido nas cidades onde vivem nesta luta contra as touradas”, sustentou.
Questionado pela Lusa a semana passada, o presidente da Câmara, José Maria Costa, afirmou que a autarquia “cumprirá a lei”, quando o executivo municipal for chamado a decidir sobre o pedido de licenciamento da tourada anunciada para agosto.
Têm sido realizadas touradas em Viana do Castelo, desde 2012, porque o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceita as providências cautelares apresentadas pelos movimentos de aficionados, para suspender os indeferimentos municipais.
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