“Seria mortal para muitas empresas. Portugal não pode voltar a um novo confinamento”. Quem o diz é o presidente da ATP- Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado para quem “é mais barato recorrer à saúde privada que voltar a confinar o país”.
O empresário, que falou ao T, o órgão online da ATP, destaca o forte contributo positivo do «lay off» simplificado e o novo regime, ontem, aprovado pelo Governo, que prolonga o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade das empresas em situação de crise.
“Só se a capacidade do sistema de saúde visto como um todo – SNS e privados – se esgotar em termos dos cuidados intensivos é que será inevitável um novo «lock down», defende .
Mário Jorge Machado avisa que “os custos de um novo confinamento na sua máxima amplitude serão definitivamente mortais para algumas empresas”.
Apoios estatais
Recorde-se que, o Governo decidiu no Conselho de Ministros de quinta-feira avançar com um quadro de apoios extraordinários à economia, ao emprego e às famílias.
Assim, todos os trabalhadores que estejam abrangidos pelo lay off simplificado e apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade passam a auferir 100% da sua retribuição normal ilíquida até três retribuições mínimas mensais garantidas (RMMG), não havendo lugar a esforço adicional dos empregadores.
Foi, ainda, criado um apoio simplificado para microempresas em situação de crise, com vista à manutenção de postos de trabalho, além da prorrogação do apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade em empresas em situação de crise empresarial até 30 de junho de 2021.