O Ministério Público do Tribunal de Braga acaba de acusar o advogado Arrobas da Silva, da prática de dois crimes de burla, um dos quais na forma tentada, e de um crime de falsificação de documentos.
A Procuradoria Distrital do Porto adiantou que, de acordo com a acusação, proferida no dia 27 de outubro, o Ministério Público considerou indiciado que o arguido, no dia 14 de abril de 2015, abordou duas vítimas – uma em Vieira do Minho e outra na Póvoa de Lanhoso – de um processo comum coletivo, no qual ele próprio patrocinava três dos arguidos”.
“Como estratagema de defesa destes arguidos, identificando-se como funcionário judicial, apresentou-se junto à residência das aludidas vítimas, pedindo-lhes que assinassem um documento em que desistiam da queixa e se declaravam integralmente ressarcidas de todos os prejuízos sofridos, a troco do recebimento de uma quantia correspondente a uma pequena parte do seu prejuízo”, descreve o organismo.
Mais indiciou o Ministério Público que o arguido, “confrontado pelas vítimas com a irrisoriedade da quantia que se propunha entregar-lhes, lhes justificou que os lesados eram muitos e que o dinheiro não chegava para todos”.
Durante o inquérito – consultado pelo O MINHO – Arrobas da Silva negou a prática de qualquer crime, garantindo que sempre se apresentou como jurista.
Uma das vítimas, que apresentaram testemunhas, subscreveu o documento que lhe foi apresentado; outra não.