O Município de Braga vai pôr à discussão pública, até ao final de janeiro, um projeto de mobilidade urbana que dará mais espaço ao transporte público, ao peão e à bicicleta na chamada Rodovia, entre os Peões e a estação de comboios, mas que abrange, ainda, a circulação nas avenidas 31 de Janeiro e da Liberdade e na Variante da Encosta (a de Lamaçães).
O vereador do setor, Miguel Bandeira, disse ao O MINHO que “o processo será faseado no tempo”, revelando que “Projeto de Execução de Inserção Urbana da Rede Ciclável do Centro de Braga” foi concebido por uma equipa externa de arquitetura e conta com apoio de fundos comunitários.
Abrange a criação de faixas específicas para autocarros e bicicletas e a redução da velocidade máxima naquelas artérias.
O projeto, na fase inicial, vai até à zona dos Peões, ficando perto do campus de Gualtar da Universidade do Minho, prevendo-se que haja negociações com a nova equipa reitoral para uma eventual entrada de autocarros elétricos no campus. Desejo municipal que não era consensual na anterior Reitoria.
O autarca sublinhou que, entre 2018 e 2020, está prevista a execução de 20,44 km’s de rede ciclável, de oito quilómetros de faixas BUS, e de 26 kms de percursos 100% acessíveis.
Disse que, aos poucos, os cidadãos têm de se habituar a novos métodos de mobilidade, tal como sucede nas cidades evoluídas da Europa: “quando se criaram zonas pedonais no centro histórico, também houve quem estranhasse, mas hoje é uma solução quase consensual”, frisou, a propósito de uma eventual contestação ao modelo.
Reorganização viária
Para além da implementação do projeto de transporte público na Rodovia, a Câmara eliminará as barreiras urbanísticas e arquitetónicas em Montélios, na envolvente à Torre Europa, no quarteirão da Makro e na Quinta da Fonte.
Em 2018 arranca, também, o “Plano de Mobilidade Integrada e Gestão de Tráfego para o concelho” que constituirá o “guião” de apoio à decisão nas áreas do trânsito e da mobilidade para resolver os problemas relacionados com o tráfego automóvel, estacionamento e transportes coletivos.
O Plano envolve a gestão da mobilidade dos parques industriais, a reorganização viária e das zonas escolares.
E um centro de controlo com controladores de tráfego e velocidades, sistema de acesso ao centro da cidade, parques de estacionamento, e semáforos.