O presidente da Câmara de Braga disse esta quinta-feira que, em quatro anos, a cidade “deu um salto”, teve um “crescimento galopante” nas exportações, tornou-se uma Meca das tecnologias de informação e aumentou o Turismo, mas que “quer mais”.
Em entrevista à agência Lusa, Ricardo Rio salientou a “mudança de paradigma” na economia bracarense da construção para as novas tecnologias, a criação de emprego e a “dinamização cultural”, que afirmou ter conseguido no primeiro mandato, reconhecendo que o mérito não foi “só” da sua gestão e apontando novas metas a atingir, como a designação de Braga Capital Europeia da Cultura em 2027.
Da “Braga de 2013”, que encontrou quando sucedeu a Mesquita Machado (PS) nos comandos da autarquia, para a de 2017, o autarca, eleito pelo PSD/CDS-PP/PPM, destacou a “nova vitalidade e entusiasmo” e disse querer em 2025 uma Braga “ainda mais qualificada” e com uma economia diversificada, admitindo assim que o seu objetivo é a trilogia de mandatos.
“Braga deu um grande salto, não é só mérito da câmara municipal, é hoje uma cidade reconhecida a nível nacional e internacional como destino de investimento muito relevante, com uma massa crítica muito qualificada, é um local de competitividade, não pelos baixos custos, mas pela capacidade de produção de conhecimento, centros de investigação, qualificação da mão-de-obra”, descreveu Ricardo Rio quando questionado pelas diferenças entre a Braga dos dias de hoje e situação do concelho em 2013.
Segundo o autarca, “o paradigma” da economia da cidade mudou: “Braga hoje tem, obviamente, um peso importante do ponto de vista da construção, ou até da engenharia de uma forma mais lata. Mas, em paralelo com a reanimação desse setor mais tradicional do concelho, temos hoje a componente eletrónica, metalomecânica, sistemas de qualidade, tudo o que tem a ver com as tecnologias de informação. Braga está a registar uma capacidade de atração e crescimento que era impensável há uns anos”, salientou.
A análise de Ricardo Rio, referiu, é sustentada por números: “Aquele dado que fomos apresentando do galopante crescimento no ‘ranking’ nas exportações nacionais, que se vai reforçar em 2017’ e seguramente ao longo dos próximos anos, era algo que seria inimaginável, porque Braga nunca teve uma base industrial exportadora muito forte. Há ainda sete mil pessoas a trabalhar que não tinham acesso ao emprego há quatro anos”, enumerou.
Ainda assim, há muito para fazer e Rio garantiu que o mandato que agora inicia será recheado de obra física, como a finalização da requalificação do Parque de Exposições de Braga, do Mercado Municipal, do Pavilhão Flávio Sá Leite, da Pousada da Juventude, entre outros projetos, mas terá um objetivo “muito especial” para o autarca.
“A designação de Braga como Capital Europeia da Cultura em 2027 é assumidamente um dos meus objetivos. Será o reconhecimento do trabalho interno que tem que ser desenvolvido e está a ser desenvolvido. O revitalizar da cultura de Braga trará projeção internacional, vai mostrar Braga ao mundo, seria a cereja no topo do bolo”, reconheceu,
A concretizar-se, já não será com Ricardo Rio frente aos destinos da autarquia, uma vez que, por força da lei de limitação de mandatos, o autarca apenas o pode continuar a ser até 2025, caso renove a confiança dos bracarenses como, assumiu, pretende.
“O meu horizonte político em termos autárquicos sempre foi a 12 anos. Os primeiros quatro anos foram para dar alguns sinais daquilo que eram as nossas prioridades, este vai ser um mandato muito importante, até pela concretização de vários projetos que se iniciaram no mandato anterior e o terceiro para continuar a desenvolver Braga como uma cidade qualificada, vibrante e com muito melhores condições”, descreveu.