Os espigueiros do Lindoso, a igreja de Bravães ou a Pedra dos Namorados, na Ermida, são algumas das propostas de uma nova rede interpretativa do património de Ponte da Barca, para promover o turismo, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara.
Vassalo Abreu explicou que a promoção daquela rede vai ser feita através do Centro Interpretativo do Património Fernão de Magalhães e do Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Lindoso. Os dois espaços vão ser inaugurados nos dias 20 e 21, respetivamente, num investimento próximo dos 330 mil euros, financiado em mais de 259 mil euros por fundos do programa ON.2 – O Novo Norte (Programa Operacional Regional do Norte).
“Os visitantes são recebidos no Centro Interpretativo Fernão de Magalhães e encaminhados para tudo o que queiram visitar no concelho, em função dos gostos de cada um”, explicou o autarca.
No Centro Interpretativo do Património Fernão de Magalhães integra informação sobre património construído, arqueológico e paisagístico do concelho, o Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Lindoso, dedicado à ocupação daquele território milenar, e a loja interativa de turismo.
“Os dois equipamentos têm como função o apoio e divulgação turística, através dos seus conteúdos programáticos e dos seus planos de ação patrimonial junto do visitante”, adiantou.
Vassalo abreu adiantou que as novas estruturas “vêm ao encontro da estratégia de valorização do património, para ajudar a dinamizar Ponte da Barca, a promover a visitação e a complementar outros equipamentos existentes”.
O Centro Interpretativo do Património Fernão de Magalhães será “um espaço de divulgação do património arqueológico e arquitetónico, que convida o visitante a percorrer o concelho e a conhecer, no lugar, os pontos de interesse”.
O espaço está dividido em três áreas temáticas, desde a ocupação humana, uma base de dados sobre os locais arqueológicos e arquitetónicos, de forma a dar a conhecer os períodos históricos que marcam a ocupação do Homem no território, a sala destinada à vivência no território, permitindo o conhecimento de várias atividades desde o pastoreio, à religião, e agricultura, e ainda uma sala com o nome Fernão de Magalhães que presta uma homenagem aquele navegador.
Aquele espaço explica ao visitante a naturalidade do navegador, que a Câmara de Ponte da Barca defende ser aquela vila, “o seu percurso de vida, as suas aventuras na viagem de circum-navegação através, entre outras”.
Além da criação da rede interpretativa o investimento financiado por fundos comunitários permitiu ainda a reabilitação da ponte sobre o rio Vade, classificada como Imóvel de Interesse Público, a sinalização de alguns dos monumentos classificados do concelho, e a edição de duas publicações com conteúdos relativos ao património cultural, uma em português e outra em inglês, designadamente “O Homem que navegou o Mundo. Em busca das origens de Magalhães”, de Amândio Barros, “historiador que defende que Fernão de Magalhães nasceu, efetivamente, em Ponte da Barca”.
O livro que vai ser apresentado no dia 20, às 21h30, na biblioteca municipal.