Os movimentos de pedras e terras nos lotes vizinhos da casa onde morreu um jovem casal, no passado dia 23 de novembro, em Palmeira de Faro, Esposende, não foram licenciados, afirma a Câmara Municipal.
“As autoridades estão a apurar as circunstâncias em que ocorreu, no verão de 2022, a retirada de pedras e terra, da base do talude, nos dois lotes de terreno existentes ao lado da moradia onde morreu o jovem casal. O Município de Esposende pretende a clarificação desta situação, uma vez que esses movimentos de pedras e terra não foram comunicados à autarquia nem estavam licenciados”, refere o município em comunicado.
Ontem, uma equipa constituída por técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e da Universidade do Minho (UM) esteve no local da tragédia, tendo como objetivo “o apuramento cabal das circunstâncias que provocaram a derrocada, tendo, para o efeito, procedido à contratação de serviços para a realização dos estudos necessários que permitam apurar todos os factos”.
“Além dos estudos em torno da situação de Palmeira de Faro, o Município de Esposende pretende desenvolver estudos complementares que permitam acautelar situações idênticas no futuro”, acrescenta o comunicado.
E conclui: “O Município de Esposende pretende apurar a verdade sobre este acidente, combatendo a desinformação que tem sido veiculada sobre o assunto. Sublinhe-se que, desde a primeira hora, os diversos serviços do Município de Esposende responderam com apoio aos moradores da zona afetada”.
Como O MINHO noticiou, os dois jovens, de 22 anos, morreram em Palmeira de Faro, concelho de Esposende, vítimas de um deslizamento de terra que atingiu uma habitação familiar.
Na habitação estavam seis pessoas. Os jovens de 22 anos que se encontravam no primeiro piso morreram. As restantes pessoas – um casal entre os 40 e os 50 anos e duas crianças, de dois e 12 anos, foram retirados ilesos.
