O relatório preliminar de ADN confirmou que o corpo de um homem assassinado e encontrado num poço na Galiza era de um homem de Viana do Castelo, segundo revelou a O MINHO esta terça-feira o Gabinete de Comunicação do Tribunal Superior de Justiça da Galiza.
Entretanto, as investigações criminais continuam, a cargo da Polícia Judicial, na Galiza, admitindo-se que o minhoto foi vítima de um grupo ligado ao tráfico de automóveis, mas até ao momento ninguém foi detido, tendo havido diligências, especialmente nas localidades vizinhas de O Porriño e Mos, onde a vítima residia, trabalhava e mais frequentava, bem como em stands de automóveis da zona raiana do Minho com a Galiza.
A vítima foi esta terça-feira identificada oficialmente na Galiza pelas iniciais C.A.V.O., correspondendo ao homem que se suspeitava, residente há vários anos em Espanha, sendo natural da zona de Viana do Castelo, para onde deverá ser em breve trasladado, junto dos familiares, encontrando-se no Cemitério Municipal de O Porriño, em Pontevedra, na Galiza, com a campa número 77, como O MINHO então reportou na Galiza.
Encontrada em 21 de fevereiro de 2021, dentro de um poço, na zona industrial de O Cerquido, concelho de O Porriño, Pontevedra, Galiza, Espanha, o português, de 37 anos, desaparecera de Portugal já em dezembro de 2018, após deixar o emprego, em Viana do Castelo, para se dedicar ao comércio de automóveis, tendo sido alegadamente vítima de um grupo criminoso relacionado com o tráfico de automóveis, na Galiza.
Segundo apurou O MINHO, o cadáver do português apresentava um profundo golpe no crânio, que à partida não seria compatível com uma simples queda, mas foi já durante a autópsia, no Instituto de Medicina Legal da Galiza (IMELGA), que se confirmou ter sido alvo de forte pancada na cabeça e atirado com vida para dentro do poço de uma fábrica abandonada, no Polígono Industrial de O Cerquido, em O Porriño, na Galiza.
O Gabinete de Comunicação do Tribunal Superior de Justiça da Galiza, que está sediado em Santiago de Compostela, referiu esta terça-feira que “o Tribunal de Instrução Número 3 de O Porriño recebeu o relatório preliminar do ADN, no qual consta que o cadáver responde às iniciais C.A.V.O.”, aquele que sua mãe havia reconhecido há cerca de quatro meses atrás, em O Porriño, da província de Pontevedra, na região da Galiza.
Segundo informa aquele mesmo organismo, “o falecido vivia em Espanha há vários anos e a sua família é da zona de Viana do Castelo”, referindo-se ao facto de a mãe da vítima já ter reconhecido o cadáver, com o pormenor de a progenitora verificar a existência anterior uma deficiência óssea, numa das mãos da vítima, caraterística peculiar do homem que a mãe reconheceu logo pelo retrato-robot já divulgado por O MINHO.
A identificação do cadáver foi possível através da divulgação em Portugal das imagens de um retrato robot, feito com base nas estruturas ósseas faciais do cadáver, trabalho inédito em Espanha, que foi realizado, com êxito, pelos peritos do Instituto de Medicina Legal da Galiza (IMELGA), faltando agora eventualmente as autoridades policiais espanholas esclarecer as circunstâncias e a autoria do assassínio do minhoto, para já identificado por iniciais C.A.V.O., de 37 anos, natural de Viana do Castelo, não havendo mais informações.
Sabe-se ao certo que o homem foi assassinado algures entre os anos de 2019 e de 2020, tendo sido apurado pela autópsia que antes de lançado ao poço, cuja tampa viria a ser depois de novo tapada, sofrera um golpe profundo, desferido com um objeto contundente e que lhe furou a caixa craniana, acabando, tudo o indica, por falecer sem assistência, abandonado naquele local ermo, onde era uma fábrica de corte e transformação de peças de mármore para feitura de placas destinadas para campas funerárias dos cemitérios de Pontevedra.