Declarações no final do encontro Arouca-Vitória SC (2-2), da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Pepa (treinador do Vitória SC): “Nem eu nem ninguém esperávamos [este desfecho]. É esquisito estar a dizer que fizemos um bom jogo, tivemos muitas oportunidades de golo. Não temos que entrar com a bola na baliza, temos é que fazer golo e ter mais frieza na zona de finalização. Tivemos oportunidades claras para o volume ser diferente, mas não o conseguimos.
Na segunda parte, o Arouca apostou num futebol mais direto, mas não estava a criar oportunidades.
A partir do primeiro golo do Arouca, a nossa equipa ficou intranquila. Não vou individualizar os erros, acontecem a quem está lá dentro, também temos de fazer golos e não vale a pena apontar o dedo à defesa quando não fazemos golos na frente.
Sentimos a equipa intranquila e [o golo do empate] foi um soco tremendo. Podíamos ter feito mais com a bola depois do primeiro golo [do Arouca], mas as oportunidades não estavam a surgir para o Arouca.
No último minuto, foi o que foi, um lance ingrato. Fica aqui um ponto, para nós é uma derrota e uma batalha perdida, mas a guerra é feita de batalhas e acreditamos que no final vamos sair vencedores.
Cada jogo tem a sua história, podíamos estar a falar de uma vitória volumosa. Mais um jogo com muitas oportunidades claras de golo, situações dentro de área que temos de finalizar melhor e depois aconteceu futebol. Com muito demérito nosso e não estou a retirar valor ao Arouca. Agora temos de fazer o luto rápido porque daqui a menos de 72 horas estamos a jogar outra vez”.
Armando Evangelista (treinador do Arouca): “[Equipa mentalmente forte] sem dúvida, para além de levarmos um ponto, se não levássemos nada ia sentir-me frustrado pelo que foi o jogo no seu todo.
Se reparamos nas estatísticas, algumas mostram equilíbrio e vemos a personalidade desta equipa na possa de bola. É aí que vemos o querer desta equipa, mas não de qualquer forma, de chegar com critério e no que diz respeito a crença, não é qualquer equipa que a perder 2-0 em casa a 15 minutos do fim tem a força e serenidade para conseguir igualar o resultado.
Isso traduz de uma forma satisfatória para nós enquanto equipa técnica do que é a alma desta equipa. Já no último jogo, foi demonstrada a capacidade de ir atrás do resultado e parece-me que este é o caminho. Se disse que esta equipa estava a crescer, hoje demos passos importantes no que pretendemos. Há questões a trabalhar e temos de crescer em alguns capítulos, mas face ao que foi a nossa pré-época, acho que é mais do que satisfatório.
No golo do Odday [Dabbagh] não me parece que é um deslize [do defesa], é um momento de pressão fantástico por parte dele, que tem uma leitura do que ia ser a jogada e faz uma antecipação fantástica.
Apesar da entrada dele ter sido frustrante, porque nesse momento sofremos o segundo golo, a verdade é que toda a gente acreditou e o golo é o resultado do querer ganhar e ter a bola, que se traduziu naquele lance em que o Odday leu muito bem, roubou e acabou por se isolar e fazer um golo de belo efeito com toda a tranquilidade.
Não me parece tenha existido um desequilíbrio na primeira parte, só no marcador. O jogo, em termos globais, estava a ser equilibrado.
Na segunda parte, arriscamos a partir do banco, os jogadores que entraram demonstraram que são ótimas soluções. Foi um risco calculado que corremos, que foi traduzido no que se viu no final”.