O ministro Eduardo Cabrita quebrou hoje o silêncio de quase duas semanas sobre o atropelamento mortal de um trabalhador na A6, alegadamente pelo carro onde o ministro seguia, afirmando que não se irá demitir e que essa matéria é da responsabilidade de António Costa.
“Essa é uma matéria que é da estrita responsabilidade do primeiro-ministro. Tenho quatro anos de responsabilidade que corresponderam aos melhores 4 anos de indicadores de segurança em Portugal”, disse aos jornalistas, à margem do 154.º aniversário da PSP.
O ministro disse que os factos ocorridos a 18 de junho “estão a ser apurados” e que algumas imagens passadas por estações televisivas contrariam algumas “afirmações que vimos serem publicadas”.
“Neste apuramento dos factos, entendo que não existe nenhum cidadão ou entidade acima do que é o quadro legal aplicável. O que não desejo a nenhum de vós e a ninguém é ver-se envolvido na qualidade de passageiro numa situação tão dramática como esta. E por isso gostaria de fazer um apelo, sem qualquer referência específica: que confiássemos naqueles a quem cabe apurar os factos e não transformássemos algo que é muito triste – no plano pessoal, jamais passei por algo similar – (…) numa matéria de confrontação política”, disse, citado pelo jornal Público.
Eduardo Cabrita garantiu que, via telefone, foi transmitida solidariedade à família da vítima, através da chefe de gabinete do MAI. Para além disso, terá indicado à Segurança Social para “agilizar os mecanismos legais de apoio previstos nestas circunstâncias”.