A Polícia Judiciária desmantelou um gangue de Braga que é suspeito por sequestro de um jovem, em Guimarães, a quem roubou 300 euros, transportou durante vários quilómetros e incendiou o automóvel perto do rio Este.
O grupo – indiciado por crimes de roubos, sequestro, furtos qualificados e recetação – era constituído por cinco homens e três mulheres. Sete residem n concelho de Braga e um outro em Esmoriz, Aveiro.
Ao que apurou O MINHO, na passada noite de 07 de outubro de 2020, o grupo esperou que a vítima saísse do emprego, rumo à sua residência, em Azurém, Guimarães, sequestrando-a no próprio carro, após levantar 300 euros das caixas multibanco.
Já em Braga, a vítima desesperada atirou-se do carro em plena Avenida António Macedo, no sentido Hospital de Braga-Estação da CP, acabando por sofrer vários ferimentos.
O grupo suspeito dos crimes é ainda suspeito de incendiar o carro da vítima, de marca e modelo Peugeot 307, numa margem do rio Este, junto a Celeirós, onde residia uma das três mulheres suspeitas (outra mora na Rua do Caires, em Maximinos).
Decorreram buscas em casa de outros suspeitos, na Rua da Quinta dos Apóstolos, em Ferreiros, bem como na residência de uma suspeita, no Bairro das Andorinhas, em Braga.
O núcleo duro do grupo residia na freguesia de Crespos, na margem esquerda do rio Cávado, em Braga, onde decorreram as principais buscas domiciliárias, já depois da detenção, em Rio Maior, do alegado líder do grupo, João Romero, que esteve fugido na Alemanha.
Em comunicado, enviado esta quinta-feira, à redação de O MINHO, a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, informa que no âmbito de uma investigação criminal, a cargo da sua Secção Regional de Combate ao Terrorismo e Banditismo, realizou um total de 15 buscas domiciliárias, nas zonas de Braga e de Esmoriz, procedendo à detenção de sete suspeitos, “todos fortemente indiciados pela prática de vários crimes violentos contra o património”.
O MINHO apurou que as buscas foram presididas pelo juiz de instrução criminal, Pedro Miguel Vieira, que ao longo de toda esta quinta-feira interrogou já os sete detidos, estando prevista para sexta-feira a divulgação das medidas de coação para todos os sete.
“Os factos, dispersos temporalmente entre 07 de outubro de 2020 e 05 de janeiro de 2021, reportam-se à pratica, de forma organizada, de crimes de roubo e sequestro, bem como de crimes de furto de veículos e em veículo, essencialmente na cidade de Braga e zonas limítrofes” e incluindo-se o sequestro da vítima, em Guimarães.
“Naquele período de tempo, todos os suspeitos apropriaram-se, em regra com recurso à violência, de veículos, acessórios de veículos, maquinaria e ferramentas de construção civil e máquinas de uso doméstico, de valor consideravelmente elevado, mas que depois transacionavam por valores diminutos”, diz a Diretoria do Norte da PJ, sediada no Porto, salientando que “no decurso das 15 buscas foram apreendidos alguns dos bens furtados”.