O ‘ferryboat’ internacional que liga Caminha a La Guardia, na Galiza, vai parar entre os dias 30 e 03 de novembro, na sequência da proibição, pelo Governo, de circulação entre concelhos portugueses, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a autarquia justificou a interrupção do serviço pelo facto “de o ‘ferryboat’ realizar uma travessia que vai além do concelho de Caminha”.
“O presidente da Câmara deu instruções aos serviços para que a carreira do Santa Rita de Cássia seja interrompida a partir das 00:00 de sexta-feira e até às 23:59 do dia 03 de novembro, retomando assim a atividade regular no dia 04 de novembro”, refere a nota.
O Conselho de Ministros decidiu na quinta-feira que a circulação entre concelhos do continente está proibida entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, ou seja, durante o fim de semana correspondente ao Dia de Finados.
A decisão de limitar a circulação de passageiros surge pouco mais de uma semana após o Conselho de Ministros ter anunciado o regresso do estado de calamidade.
Contactado hoje pela Lusa a propósito da interrupção das ligações internacionais entre a vila portuguesa e a localidade galega de La Guardia, o autarca socialista Miguel Alves adiantou que, “em novembro de 2019, o ‘ferryboat’ transportou 1.566 passageiros”.
Em 2019, aquele transporte acolheu um total de 71.683 passageiros.
“Este ano o ‘ferryboat’ tem tido muito menos passageiros por ter estado parado aquando do encerramento de fronteiras devido à pandemia de covid-19”, especificou Miguel Alves.
O ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia começou a cruzar o rio Minho em 1995.
Caminha é único concelho do vale do Minho que depende do transporte fluvial para garantir a ligação regular à Galiza. Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço dispõem de pontes internacionais.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.