Os novos acionistas da Media Capital, dona da TVI, incluem empresários das áreas do têxtil e da imobiliária com empresas em Guimarães e Fafe.
O grupo com raízes minhotas, de seu nome Zenithodyssey, adquiriu 16% da Media Capital (13,5 milhões de ações) à espanhola Prisa, e junta três empresários de Guimarães, do ramo imobiliário, e um de Fafe, do ramo têxtil.
O novo grupo foi criado a 31 de julho e tem sede fiscal na freguesia de Creixomil, em Guimarães. Dele faz parte o empresário Filipe Barbosa Carvalho, dono da MalhaFafe, empresa têxtil criada em 1987. Para entrar nesta sociedade, o empresário minhoto, que detém 12% da Zenithodyssey, criou uma nova empresa no final de agosto, chamada Volume Volátil.
Para além do empresário de Fafe, marcam ainda presença na sociedade que comprou parte da TVI os empresários vimaranenses Alfredo Alves Pereira e Carlos Alves Pereira, da sociedade Alfredo & Carlos, uma imobiliária sediada há vários anos na Avenida de Londres, em Guimarães. Detêm, juntos, 10% da Zenithodyssey.
Também a imobiliária Zafgest, com sede em Brito, Guimarães, e controlada por Rui Armindo da Costa Freitas, gere 10% desta nova sociedade que comprou parte da TVI.
No total, os quatro empresários minhotos têm 32% da Zenithodyssey, que por sua vez controla agora 16% da Media Capital (e da TVI).
Mas a maior acionista incluída no grupo Zenithodyssey, com 50%, é a CIN, empresa de tintas, sedeada na Maia.
A Polopique, empresa têxtil de Santo Tirso, controlada por Luís Miguel Carvalho Lopes Guimarães, conta com o restante capital (18%) desta sociedade sediada em Guimarães.
Este grupo passa a ser o terceiro maior acionista da Media Capital, depois de Mário Ferreira e do grupo Trium, de Leiria.
Outros investidores
Para além do grupo minhoto/maiato/tirsense, também o grupo Triun, com ligações à empresa leiriense Lusiaves, adquiriu 20% da dona da TVI.
Outra empresa que passa a controlar a Media Capital é a Fitas e Essências, da têxtil Confetil, sediada na Maia. Esta sociedade adquiriu 3% da Media Capital. Já Cristina Ferreira, conhecida apresentadora, adquiriu 2,5% do grupo, através da sociedade DoCasal, que fundou. Por fim, o administrador do Hospital Terra Quente, em Mirandela, comprou 2% do grupo. Manuel Ferreira Lemos comprou 1,6 milhões de ações.
Estes novos investidores, que se juntam ao empresário Mário Ferreira, da Douro Azul, que comprou em maio 30,22% do capital da dona da TVI, por 10,5 milhões de euros, controlam em conjunto 44% do grupo, ficando a faltar saber quem adquiriu os restantes cerca de 20%, dos 64,47% vendidos pela espanhola Prisa.
Num comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 04 de setembro, a Media Capital deu conta de uma comunicação da Prisa, garantindo que a venda da sua posição, a “diversos investidores” não “resultará num novo domínio sobre a empresa”.