Guimarães é o terceiro concelho do país com mais Eco-Escolas, atrás de Torres Vedras e Sintra, no distrito de Lisboa. No total, 1.574 estabelecimentos de ensino foram reconhecidos hoje com o galardão da Bandeira Verde.
O evento, que decorre, precisamente, em Guimarães, durante todo o dia, reunindo mais de cinco mil crianças, pretende dar corpo ao programa Eco-Escolas, um programa internacional da “Foundation for Environmental Education”, desenvolvido em Portugal desde 1996 pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).
A iniciativa “pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade”, sendo a coordenação feita a nível internacional, nacional, regional e de escola.
Para uma escola ser considerada um Eco-Escola tem que fazer “um caminho” que começa com uma candidatura e uma “coordenação multinível que permite a confluência para objetivos, metodologias e critérios comuns que respeitam a especificidade de cada escola relativamente aos seus alunos e caraterísticas do meio envolvente”, explica a ABAE.
As condições, que podem ser consultadas no sítio da internet da ABAE, definem que “depois de inscritas as escolas da rede recebem um conjunto de informações e orientações facilitadoras da implementação do programa”.
Em cada escola haverá um coordenador do projeto que é “o ponto focal” do Eco-Escolas no terreno, tendo o estabelecimento de ensino que adotar um programa no qual “manifeste a vontade de melhorar o seu desempenho ambiental, envolvendo os alunos nos processos de decisão e implementação do programa”.
Para Receber a Bandeira Verde, a escola tem de demonstrar ter seguido a “metodologia dos sete passos: criar um conselho Eco-Escolas, fazer uma auditoria ambiental, traçar um plano de ação, realizar trabalho curricular e de monitorização e avaliação, ter o envolvimento da comunidade e desenvolver um Eco-Código.
O plano de ação é desenhado por cada escola e deverá tomar em conta a agenda de prioridades de ação/intervenção decidida pelo conselho Eco-Escolas, sendo que em paralelo as escolas são desafiadas a participar em diversos subprojetos que procuram informar, formar, aprofundar e premiar o trabalho no âmbito de temáticas específicas.
Para a vereadora da Educação da Câmara de Guimarães, cidade que este ano acolheu a cerimónia, este galardão “tem tido nos últimos anos um grande avanço, até pelas questões ambientais todas que têm estado na ordem do dia” e que são a “preparação para o futuro”.
“O futuro passa por nós mudarmos as nossas formas de estar em cada município e, em Guimarães, temos vindo desde 2013 a pôr o ambiente na ordem do dia, desde as preocupações ambientais, a candidatura a capital verde, o programa Pegadas, entre outras iniciativas”, salientou Adelina Pinto.