Declarações dos treinadores após o Vitória SC – Eintracht Frankfurt (0-1), jogo da segunda jornada do Grupo F da Liga Europa de futebol, disputado em Guimarães:
Ivo Vieira (treinador do Vitória SC): “A sensação é a de que poderíamos ter feito mais, tal como no jogo anterior, para esta Liga [Europa]. A realidade é que se vive de golos e de resultados. A equipa teve um comportamento fantástico. Os jogadores deram tudo e levaram a ideia para o campo. Fomos a espaços mais fortes do que o adversário, mas perante uma equipa muito atlética e intensa, tínhamos de igualar essa força. É triste estar perante um resultado que podia ter sido diferente, mas é a experiência do futebol: sofremos um golo de bola parada e não marcámos nos nossos lances.
Não me posso refugiar na sombra quanto ao resultado, porque quero ganhar e somar pontos, e os atletas têm sede de vencer. Agora, pode-se apelidar isto de ‘dores de crescimento’ na competição. Isto também tem a ver com a minha falta de experiência. Não há frustração nenhuma, porque temos o sentimento de que tudo fizemos para conseguir um resultado positivo. Isso não foi conseguido também por mérito do adversário.
O grupo é extremamente difícil. São quatro equipas e não vamos ser hipócritas ao ponto de dizermos que queremos ser primeiros. Se somássemos pontos, talvez conseguíssemos alguma coisa, mas não se pode definir um objetivo quando não se somou pontos nos dois primeiros jogos disputados.
No jogo, foi bem patente o que os atletas fizeram. Lutaram para que o resultado fosse diferente. Estou extremamente agradado com o comportamento dos atletas. A resposta que tiveram foi a ovação da nossa massa associativa no final. A equipa não se escondeu e lutou o jogo pelo jogo.
Embora os adeptos queiram vitórias e nós queiramos dá-las, temos conseguido um percurso notável. Na Liga Europa, não temos somado pontos. Só temos mostrado qualidade de jogo. No campeonato, houve um ou outro jogo onde também não conseguimos traduzir os jogos em bons resultados. Mas eu estou preparado para o que é normal no futebol: quando se ganha e joga bem, está tudo satisfeito, e quando não se ganha, a insatisfação é natural. Mas há ligação entre os adeptos e a equipa, pelo apoio que eles nos dão.
Um colega meu dizia que até lá [o momento da finalização], eu consigo fazer. Depois, o resto é com eles [jogadores]. Trabalhámos à semana todos os momentos do jogo. Em relação ao tempo de paragem [competitiva], não acredito que isso quebre a nossa dinâmica. Era preciso algum tempo de descanso para os atletas poderem reaparecer de forma mais competitiva e forte. Quanto aos efeitos da paragem, é benéfica se a equipa ganhar e não é benéfica se a equipa não ganhar”.
Adi Hütter (treinador do Eintracht Frankfurt): “Era um jogo que esperávamos difícil, contra um adversário difícil como o Vitória de Guimarães, e acabou por não ser nada fácil para nós. Mas, no fim, o que interessa são os três pontos. E conseguimo-los. Fico contente por Frederik Ronnow não ter sofrido golos.
Houve certas coisas que eu queria ver e não funcionaram, mas também devido ao adversário, que jogou muito bem. Queria mais um jogador no centro do meio-campo para levar o jogo para a frente, mas não o conseguimos muito bem. Na segunda parte, o processo já funcionou melhor.
Fico contente por André Silva ir à seleção. Na convocatória anterior, não tinha sido chamado. Isto prova que está a trabalhar bem, no caminho certo. Hoje não foi um jogo fácil, porque o Vitória cobriu muito bem os espaços no nosso ataque. Não foi um jogo muito bem conseguido, mas ganhámos, e isso é o mais importante.
[Evan N’Dicka] É um jogador que não tem jogado muito e normalmente não marca golos. Fico contente por ele ter marcado.
Após a vitória do Arsenal sobre o Standard de Liège (4-0), estamos mais tranquilos [na classificação do grupo F], mas ainda temos muito a trabalhar para garantirmos a passagem”.