Declarações após o jogo da 29.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Tondela (3-0), hoje disputado em Braga:
Abel Ferreira (treinador do SC Braga): “(Murilo) Um dos meus trabalhos é potenciar jogadores, ele veio da II Liga, como o Paulinho e outros. Procuro dotar os jogadores de recurso, ensiná-los, e, muitas vezes, é preciso tempo. Em janeiro, quando algumas equipas da II Liga quiseram contratá-lo, disse-lhe que não fazia sentido absolutamente nenhum, era só uma questão de tempo, só tinha que esperar uma oportunidade. Ele tem uma atitude de campeão, jogue em que posição for. Hoje fez um bom jogo, não é um jogador de [nota] 10, nem de 3, mas de 7/8, dá-nos corredor, o primeiro golo surge assim.
Sabíamos que ia ser um jogo difícil, analisei o jogo deles com o Benfica e vimos as dificuldades que teve em entrar [na defesa do Tondela].
Gostei da nossa entrada forte, da nossa dinâmica e circulação rápida, criámos oportunidades para outro resultado. Não gostei dos erros não forçados que deram transições ao adversário e da quantidade de oportunidades desperdiçadas. No último terço temos que diminuir a velocidade para ter discernimento e maior precisão na decisão e no passe que faz a diferença.
[Ricardo Horta não gostou de ser substituído] É normal, os critérios de escolha são muito claros, estávamos a jogar com três avançados, o Tondela passou a jogar mais direto e precisávamos de um terceiro médio para ver o jogo mais de frente. Às vezes, os jogadores não entendem a parte tática, mas tenho um projeto para a equipa e não para algum jogador, a equipa está acima de qualquer interesse individual.
Saiu amuado, eu vi, mas dentro do que é o comportamento normal, ele sabe quais são as regras e o qual é o regulamento interno de cabine e qual o treinador que têm à frente deles.
[Marcelo Goiano] tinha tido um problema no tornozelo no jogo com o Moreirense e voltou a torcer o pé, vamos ver agora a sua evolução”.
Pepa (treinador do Tondela): “Sentimos muito o primeiro golo e nada justifica isso, temos noção da escassez de pontos, de que há menos jogos, mas não podemos sentir tanto esse golo. Mérito do Braga. sabíamos que era uma das formas de eles chegarem, chegámos tarde ao cruzamento e depois houve uma boa finalização ao segundo poste.
Mas, com os descontos, havia 90 minutos para jogar, mas tornámo-nos uma equipa partida, a dar muito espaço entre linhas e algo precipitada.
Na segunda parte, entrámos melhor, com mais bola, não houve nenhuma oportunidade claríssima de golo, mas houve vários lances em que podiam ter sido criadas com mais critério e melhores últimos passes. Fomos precipitados e nervosos.
Penso sempre positivo, é sempre uma dor grande perder e quando sentimos que podíamos ter feito mais custa ainda mais, estávamos com uma esperança muito grande de conquistar os três pontos, mas há muito mérito do Braga, veio ao de cima o melhor Braga da época e não o melhor Tondela. Agora vamos arrumar este jogo e analisá-lo sempre com o pensamento positivo no próximo jogo (Boavista)”.