O Cabido da Sé de Braga desenhou um Roteiro dos Quatro Arcebispos Santos da cidade que pretende “dar a conhecer” e “deixar marcas no gosto por conhecer” o património e a história locais.
Apresentado esta segunda-feira e integrado no Ano Europeu do Património Cultural, aquele circuito representa, conforme explicou o atual arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga, uma seleção feita no “múltiplo património” dedicado aos antecessores: Martinho (569-579), Frutuoso de Dume e Braga (656-689), Rosendo de Dume (927-951) e Geraldo de Braga (1096-1108).
“Aqui está a história de Braga. Podemos conhecer um pouco o período dos suevos, um pouco o ligado aos romanos. Podemos reconhecer que depois vêm os visigodos e, depois, no século XV, aparece um outro. Mesmo para turistas, sobretudo para turistas, esta é uma oportunidade de conhecer a história de Braga”, salientou Jorge Ortiga.
Segundo o arcebispo, a iniciativa pretende marcar as celebrações do Ano Europeu do Património. “Este ano pode terminar por ser, pura e simplesmente, um momento passageiro, fugaz para algumas comemorações. O amor ao património nos obriga a fazer com que este ano internacional deixe ficar as suas marcas”, apontou.
O objetivo é assim “deixar marcas não apenas na visita mas no gosto por conhecer” o património.
“Não queremos uma visita, e passou. Queremos que outras pessoas comecem a amar o seu património”, salientou.
Numa primeira fase, explanou, o Roteiro dos Quatro Arcebispos Santos de Braga será apresentado aos párocos da diocese, mas Jorge Ortiga aponta a ambição de abrir o roteiro ao turismo.
“Queremos que este roteiro seja calcorreado por pessoas ligadas às paróquias, colocá-lo ao serviço da cidade e também do turismo”, referiu.
Para o arcebispo primaz de Braga, o novo roteiro tem também relevância para o turismo local.
“O mercado está na capacidade que nós temos de oferecer e de propor. Quando tivermos pessoas a visitar serão eles depois a fazer publicidade para que este património seja visitado”, referiu.
Jorge Ortiga referiu que Braga “precisa de um turismo com pessoas que se fixem” na cidade.
“Estou convencido que se um turista fizer este percurso durante um dia será capaz de gostar porque compreenderá a história de Braga”, finalizou.