Os utilizadores do Parque Canino de Lameiras já reagiram ao comunicado de alguns moradores da região na sequência do encerramento do local na última semana. Os utentes dizem que as acusações de que utilizam o local “sem regras” é mentira, e que está a ser criada uma “histeria coletiva”.
“Isso é mentira. A partir do momento que houve um horário estipulado, os utilizadores só poderiam utilizar das 08:00 às 20:00, foi até comprado um cadeado com código, em que cerca de 10 utilizadores teriam esse código, e o último a sair, fechava”, disse Liliana Neves, frequentadora do parque, em contato a O MINHO.
“Em questão da limpeza, do pó, de cumprir horários e de não responder insultos provenientes da janela, estamos de consciência tranquila”, disse.
A utilizadora diz também que a Câmara não ajudou na instalação de um tapamento total da vedação do local, que limiataria o campo de visão dos cães e, consequentemente, o barulho.
“Os cães observam outros cães do lado de fora, ou alguma pessoa a correr, e podem colocar-se a ladrar. Pedimos a vedação para a Câmara”, diz Liliana.
O movimento Braga para Todos, que ajudou a preparar a manifestação no último sábado, alega que o parque foi desmantelado na sequência de queixas de três moradores, um deles funcionário da Câmara, segundo confirma João Tinoco, presidente da Junta de União de Freguesias de Nogueiró e Tenões.
Sobre a questão do novo parque, situado junto ao Instituto de Nanotecnologia, os utilizadores são peremptórios:
“É um nanoparque. E o principal problema é a falta de segurança para os nossoos animais e para os automobilistas que por lá vão a passar, uma vez que o parque está muito próximo da estrada. Um perigo”, diz Ana Sofia, outra utilizadora.
Depois de quase ano e meio de funcionamento, o equipamento único na cidade com condições de espaço, água e segurança para os animais e iniciativa da Junta de Freguesia de Nogueiró-Tenões, começou a ser desmantelado pela Câmara de Braga, sem qualquer fundamentação legal, alegam os utilizadores.
Havia pareceres técnicos de cinco entidades, Ministério Público, DGVA, Delegação de Saúde, GNR e uma empresa certificada de medição de ruído, que não encontrou nenhum nível no parque que igualasse, sequer, o máximo permitido pela lei. Os cinco pareceres foram todos favoráveis à continuidade do parque, e alguns deles promoveram a replicação deste equipamento em outras freguesias do concelho.