O Tribunal de Braga agravou para nove anos de prisão, em cúmulo jurídico, a pena de um homem residente em Braga que furtou uma dezena de bicicletas, “topo de gama”, em várias garagens de prédios de apartamentos da cidade de Braga. Como tinha já mais 20 condenações por furto de outros bens, vai cumprir mais dois anos e meio de prisão do que os que tinha sido condenado num dos processos.
Horácio Silva e Costa, de 45 anos, desempregado, natural de Lomar, arredores de Braga, mas a residir no Centro de Acolhimento da Cruz Vermelha Portuguesa, furtou a primeira bicicleta, em março de 2015, na garagem de um prédio da praça Conde D. Henrique. Introduziu-se nela com a ajuda de dois “ferrinhos” e saiu com a “duas rodas”, no valor de 2654 euros. Que vendeu, de seguida, por 50, alegadamente para ir comprar estupefacientes.
Em abril, entrou em duas outras garagens da cidade e furtou três bicicletas, de 400 euros cada, que também vendeu por aquele montante.
Em maio, fez o mesmo, sempre com a ajuda dos “ferrinhos” para estroncar as fechaduras, ficando com dois outros veículos, de 500 e 349 euros. Repetiu dois dos crimes em junho, com o mesmo método. Mas uma destas foi vendida por apenas 30 euros. Ao todo, as bicicletas valiam 8.581 euros, de .acordo com a contabilidade feita pelo Ministério Público.
Veio a ser detido pelo posto de Braga da GNR, que recuperou algumas na posse de quatro indivíduos – supostamente recetadores – residentes em Braga, Barcelos e Póvoa de Lanhoso.
O cidadão mantém-se, assim, na cadeia local onde está preso preventivamente desde novembro de 2016.
Na valoração da sentença, o coletivo de juízes teve em atenção que é reincidente, com largo cadastro criminal, tendo cumprido, até 2013, vários anos de prisão por furto. E concluiu que, enquanto, “toxicodependente crónico”, há perigo de continuação da atividade criminosa.