Declarações após o Portugal – Espanha (2-1), jogo de um torneio particular quadrangular, disputado hoje no pavilhão multiusos de Fafe:
Ana Catarina Pereira (jogadora de Portugal): “Foi um bom jogo, renhido como é sempre contra Espanha. Valeu também pela segunda parte que fizemos, em que estivemos mais tranquilas a trocar a bola. Na primeira parte, não estivemos tão bem. Aquela parte final faz parte. Para se conquistar coisas, é preciso saber sofrer. Se tiver de ser eu [a aguentar o resultado], sou. A Fifó também cortou ali uma bola [importante], como a Inês Matos a seguir.
Temos uma larga margem para crescer. Temos malta muito jovem. Só eu e a Ana [Azevedo] estamos na casa dos 30 anos. Temos malta com muito para dar à seleção. São estes jogos que nos fazem crescer. O jogo com o Brasil é uma experiência nova para muitas delas. Infelizmente, não jogamos tantas vezes contra o Brasil como com a Espanha. Estamos em fase de crescimento, e vamos em três vitórias consecutivas.
É o ponto mais alto da minha carreira [atingir as 100 internacionalizações pela seleção portuguesa]. Todas nós, atletas, sonhamos representar o nosso país. Representá-lo por 100 vezes não é algo que todos possamos dizer que conseguimos. O facto de o conseguir enche-me de orgulho e faz-me sentir que o trabalho compensa.”
– Luís Conceição (selecionador de Portugal): “Este é sempre um jogo de ‘tripla’. Quando as coisas têm sido a doer, a valer títulos, tem dado Espanha. Foi assim nos últimos três europeus. Mas sabemos que estes jogos são sempre muito equilibrados. É de valorizar esta entrega e esta união. A competir desta forma, com a qualidade que elas têm, vamos estar sempre mais perto de ganhar. Vamos empatar e temos de nos preparar para perder com a Espanha, mas é este o nosso caminho, com este comportamento e atitude.
Nestes jogos, há momentos que conseguimos controlar e outros que não. Até o próprio jogo se torna caótico. Temos de nos saber adaptar. Melhorámos essencialmente na segunda parte. Na primeira, não estávamos dentro do plano de jogo, com algumas dificuldades em construir. Na segunda parte, melhorámos a atacar. Fazendo o que queremos em termos estratégicos, é mais difícil a Espanha pressionar-nos.
O Brasil [adversário de terça-feira] é diferente em termos de organização defensiva e ofensiva, bem como nos esquemas táticos. Vamos ter de ajustar algumas coisas, mas primeiro está a nossa organização. Temos de competir, de ter vontade de ganhar e de não ter medo de ganhar.”
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