Os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo (SMSBVC) vão investir 5,3 milhões de euros nos próximos três anos para pôr 35.500 famílias do concelho a fazer compostagem e recolha seletiva de biorresíduos alimentares.
Aquele investimento, anunciado hoje em conferência de imprensa pelo presidente do conselho de administração dos SMSBVC, Vítor Lemos resulta da aprovação de uma candidatura ao Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).
Do montante global do projeto para a promoção da compostagem doméstica e recolha seletiva de biorresíduos alimentares, 4,2 milhões de euros representam a comparticipação daqueles fundos comunitários e 1,1 milhões de euros serão suportados pelo município de Viana do Castelo.
Vítor Lemos, que é também vice-presidente da Câmara da capital do Alto Minho explicou que o objetivo do projeto é atingir as novas metas comunitárias de reciclagem previstas no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) para 2020.
“Pretendemos com este trabalho atingir as metas comunitárias, evitando que os munícipes de Viana do Castelo sejam taxados por incumprimento do PERSU”, frisou, referindo ainda que a redução da produção e deposição Biorresíduos em aterro é outra das finalidades do projeto.
“Em 2006 Viana do Castelo encaminhava para aterro, 39 mil toneladas de resíduos. Em 2015 foram depositadas 32 mil toneladas”, destacou.
O técnico responsável pelo projeto hoje anunciado, Constantino Azevedo explicou uma das duas componentes da ação, destinada às zonas rurais, prevê a distribuição, por 13.500 fogos, cerca de 50% do total de fogos existentes em área rural, de igual número ‘kits’ para compostagem urbana.
“Passamos das atuais 100 famílias que já fazem compostagem para as 13.500”, reforçou.
Já na área urbana, o projeto cobrirá a totalidade dos 22.000 fogos habitacionais existentes, através da distribuição do mesmo número de contentores domésticos para armazenamento temporário dos biorresíduos alimentares e da instalação de 480 contentores para a descarga coletiva.
“Os contentores de descarga coletiva têm um sistema de gestão de acessos. Cada habitação receberá uma chave que permite ao munícipe controlar o material depositado”, explicou.
Segundo aquele técnico o projeto prevê a criação de uma plataforma informática ‘online’ “onde cada munícipe poderá ter acesso ao seu contributo ambiental pela utilização destes equipamentos”, especificou.
No âmbito deste projeto serão ainda adquiridas duas viaturas, “com capacidade para 25 metros cúbicos que irão permitir ganhos de eficiência na recolha e transporte dos biorresíduos alimentares”.
“Atualmente a recolha seletiva de biorresíduos alimentares cobre 88 restaurantes e cantinas, representando um total de 637 toneladas por ano”, disse.
Segundo Constantino Azevedo o objetivo deste projeto é “colocar ao dispor da população as melhores ferramentas e melhores práticas com vista a atingir uma redução da produção e deposição Biorresíduos em aterro, promovendo a educação para a cidadania e sustentabilidade”.
O projeto inclui ainda ações de sensibilização e educação ambiental a realizar junto das famílias e dos estabelecimentos escolares do concelho “com vista à alteração de comportamentos no que diz respeito ao tratamento dos resíduos”.
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