A telenovela “Festa é Festa”, que é já uma aposta ganha nas noites de entretenimento da TVI, tem vindo agora a sair do seu núcleo, a aldeia de Bela Vida, e nos últimos dias mudou-se de armas e barragens para as bandas do Gerês, instalando-se em Terras de Bouro, onde, como não podia deixar de ser, o drama de uns episódios foi ter Betinha (Ana Maria Contente), durante uma caminhada, ficado perdida na serra. Mas tudo acabou em bem.
O Campo do Gerês, em Terras de Bouro, foi o palco privilegiado para as mais recentes filmagens da nova telenovela da TVI, “Festa é Festa”, tendo positivamente animado aquela freguesia, numa época baixa do turismo geresiano, mas ainda a tempo de não haver chuvadas, o que permitiu cumprir à risca o plano das gravações, mostrando as paisagens serranas entre outros mosaicos da beleza ímpar do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em particular alguns aspetos do Vale do Homem.
Antecipando o essencial do episódio, mas obviamente sem contar tudo, Elisabete (Betinha) Trindade, que é interpretada por Ana Marta Contente, secretária da Junta de Freguesia de Bela Vida, perde-se do grupo, durante uma caminhada para conhecer a Serra do Gerês, causando alarme entre os amigos, até que o carteiro que os seguiu, Paulo Pires (representado pelo ator Hélder Agapito), resolve passar a ser o guia da caminhadas, com a sua inseparável bicicleta, mas sem conhecer patavina dos caminhos, serranos e agrestes, cercados por penedias.
Betinha, uma das principais personagens da telenovela, tem vinte e poucos anos, sendo filha de Tomé e de Aida, só que como não frequentou o ensino superior, completou o décimo segundo ano e tirou um curso profissional de secretariado, achando-se uma executiva na aldeia, a única, aliás, herdando da mãe os trejeitos de grandezas e ambições políticas. Jamais trabalharia no café do seu pai, mas gosta de ser a filha do dono, porque que lhe dá estatuto perante os demais da sua idade.
Trabalha como secretária na Junta de Freguesia e é fixada em Albino, provoca-o diariamente sem que, absolutamente, ninguém saiba, falando-lhe sempre que o provoca com um sotaque igual ao dele, sendo o seu sonho que Albino um dia a leve a conhecer o Mediterrâneo de cruzeiro e iniciarem, assim, um grande amor. Não deve muito à inteligência, mas compensa na estampa. Os homens babam todos por ela, o que irrita o seu pai Tomé e, ainda mais, Albino. Já ela adora.
Segundo fontes da Plural, a produtora com 30 anos de experiência em cinema, séries e telenovelas, estas deslocações só são possível por serem suportadas pelas autarquias locais, no caso a Câmara de Terras de Bouro, ficando mais baratos os custos de produção também para a TVI, ao mesmo tempo que promove as regiões, como é o caso do Gerês, o seu turismo e economia local, daí não ter sido por acaso que o tema foi do episódio fosse mais alguém perdido na serra.