Declarações após o Vizela – Marítimo (3-0), jogo da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Futebol Clube de Vizela:
Tulipa (treinador do Vizela): “Tínhamos definido o objetivo de conseguir seis pontos nestes quatro jogos. O grupo tem sido excelente no trabalho, na forma como se estimula para ser melhor e para durar mais tempo no nosso padrão de jogo. Fomos inteligentes na forma como pressionámos o adversário e provocámos o erro. Fomos eficazes. Nas duas primeiras vezes que recuperámos a bola, marcámos. Depois tivemos mais duas ou três ocasiões para marcar e não concretizámos.
O adversário, com o seu bom jogo posicional, causou-nos alguns problemas, mas ajustámo-nos, embora perdendo alguma profundidade. Depois, fomos muito melhores do que o adversário. Tivemos sempre a perceção de onde andava o nosso ponta de lança para perceber como o lançar em profundidade. O mérito é dos jogadores. Eles executam aquilo que é treinado.
Com o tempo, as relações vão-se aperfeiçoando. Adaptámo-nos ao adversário. Percebemos muito bem quando podíamos atacar a profundidade no meio dos centrais. Também fomos fortes quando atacámos a profundidade, mas não direcionámos o jogo para esse movimento, mas para os alas. Sem fazerem golos, fizeram um excelente trabalho. Já vinha com boas sensações do jogo com o Famalicão, porque fomos equipa.
É importante dar espaço a jogadores criativos, como o Samu, o Raphel Guzzo, o Kiko [Bondoso] para serem influentes no jogo”.
José Gomes (treinador do Marítimo): “[Os dois golos] ajudaram a condicionar. Perdemos muito as bolas a tentar jogar por dentro, quando o adversário estava fechado por dentro. As bolas foram muito bem aproveitadas e resultaram num 2-0 aos cinco minutos. O jogo ficou logo diferente. O Vizela continuou a construir muito bem, a aproveitar as transições. Deu-nos alguma iniciativa que não soubemos aproveitar. Pelas ocasiões construídas, o resultado poderia ter sido muito pior.
Antes do 3-0, o Vizela já tinha criado mais duas oportunidades [para marcar]. Depois do 3-0, há mais duas ou três oportunidades. Nós, equipa técnica, temos de perceber porque é que, num tão curto espaço de tempo, mostrámos faces tão diferentes. Estou certo de que vamos dar volta à situação em que nos encontramos [17.º lugar].
Para além do que foi permitido fazer ao adversário nos minutos iniciais, o que está por detrás desses dois golos não é só os erros na fase de construção. Fomos menos agressivos nos movimentos de pressão. Contra uma equipa como o Vizela, que tem muitíssimo bem trabalhados estes movimentos, qualquer metro ou segundo a mais concedido, é mais uma jogada em que temos de ir atrás.
Houve falta de agressividade e velocidade nos duelos. Houve ocasiões em que não houve duelos porque chegámos atrasados, o que deu tempo para o Vizela fazer o que é bom a fazer”.