O primeiro-ministro admitiu que teria definido regras mais rigorosas durante o Natal caso soubesse do quadro da nova variante inglesa do SARS CoV-2. Manifestou ainda o desejo que Marcelo Rebelo de Sousa faça um mandato presidencial igual ao primeiro.
Em entrevista à TVI 24, durante o programa Circulatura do Quadrado, António Costa garantiu que o Governo não tinha conhecimento da evolução do quadro daquela variante e justificou-se com o apelo popular, de que o Natal deveria ter medidas menos apertadas.
O chefe do Governo recordou as manifestações do sector da restauração em frente à Assembleia da República e, questionado por Pacheco Pereira para admitir erros que tenha cometido, Costa assume um erro importante: o da comunicação. “Quando o recetor não percebeu, o mensageiro transmitiu mal”, disse, em sua desculpa. Assumiu também que a ideia da obrigatoriedade da aplicação Stay Away Covid foi um erro.
Sublinhou ainda que os hospitais estão sob pressão: “Houve uma confluência do aparecimento da variante inglesa com as regras menos apertadas no período do Natal. No Natal existia um planalto com números muito altos”.
Disse ainda que o pior pode estar por chegar: “Primeiro precisamos de baixar o número de casos diários e só depois é que baixarão o número de internamentos e de óbitos”.
“As restrições têm de ser as mínimas necessárias para ter o efeito desejado. As medidas têm de ser graduadas consoante a evolução da pandemia. É necessário tomar em cada momento a medida mais adequada”, disse ainda António Costa.
“Quando a pandemia começou, as pessoas confinaram-se voluntariamente, por isso não pensei que o estado de emergência fosse necessário. Pensei que as pessoas acatariam. Espero que não venhamos a estar como os Países Baixos, que têm tido confrontos nas ruas”, disse.
“Espero que segundo mandato do Presidente da República seja igual ao primeiro”
António Costa, afirmou que espera que o segundo mandato do Presidente da República seja igual ao primeiro e defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu um “voto de confiança na continuidade”.
“Espero que o segundo mandato seja igual ao primeiro. Aquilo que estas eleições traduziram foi claramente um apreço generalizado e transversal à sociedade portuguesa pela forma como Marcelo Rebelo de Sousa exerceu o seu primeiro mandato”, sustentou o primeiro-ministro.