A organização solidária “Virar a Página”, sediada em Braga, precisa de voluntários para continuar a apoiar centenas de indivíduos e famílias no seu processo de autonomização social.
“No verão as pessoas vão para fora, principalmente os estudantes, o Virar Página fica com menos voluntários. Continuamos a fazer o nosso trabalho, mas com maior dificuldade”, conta a O MINHO, Helena Vaz, coordenadora da cantina social.
260 pessoas estão a ser apoiadas pela organização sem fins lucrativos, com refeições, roupas e bens essenciais. Por entre os seres humanos apoiados pela instituição, há quem precise de o ser para a vida. “Neste momento, o número de pedidos de apoio reduziu um pouco. Nós pensávamos que a nossa ação iria colmatar necessidades temporárias, no entanto, há pessoas que por limitações intrínsecas, como a doença ou a velhice, precisam permanentemente de apoio”, afirma a responsável pela instituição.
Quem se voluntaria para apoiar não precisa de ser cozinheiro ou nutricionista, basta ser generoso: “Os voluntários não precisam de cozinhar, podem integrar as rotas de distribuição de refeições, receber e organizar donativos ou auxiliar na cozinha”.
A redução do número de pedidos não é absoluta “são sinais muito ligeiros, ainda ontem surgiu a situação de uma mãe solteira que não consegue fazer face às despesas, iremos apoiá-la com alimentação” conta Pina Vaz, coordenadora e mentora do projeto social, que já distribuiu milhares de refeições pelo distrito de Braga.
O Virar a Página nasceu a 16 de março de 2020 e é uma resposta alimentar de emergência feita exclusivamente por voluntários, financiando-se através de donativos privados. Assim, o Virar a Página complementa, as restantes respostas sociais da cidade de Braga, conseguindo uma resposta em menos de 24 horas a todos os casos de necessidade, sendo o processo de triagem e encaminhamento social feito nos dias seguintes.