A artista plástica Xana Abreu já começou a sua obra na Casa da Juventude de Famalicão, que dá início ao programa de residências artísticas do consórcio Minho Inovação, constituído pelas Comunidades Intermunicipais do Cávado, Alto Minho e do Ave.
A iniciativa visa a promoção da cultura, dos artistas e do turismo sob a marca “Amar o Minho”.
De acordo com comunicado, o projeto, inédito em Portugal, cria a maior rede de residências artísticas nos 24 municípios representados pelas três CIM da região, numa estratégia concertada que se destina a reforçar a identidade cultural do Minho e dinamizar o território do ponto de vista artístico e turístico.
O programa inclui artistas, nacionais e estrangeiros, que, até junho de 2021, vão habitar o território do Cávado e recriá-lo em projetos de arte em espaço público, artesanato, fotografia, música, dança e literatura.
O Programa de Residências Artísticas foi revisto, em plena pandemia, e adaptado às exigências do combate à propagação a covid-19, apresentando-se como um caminho para dinamizar a programação cultural neste tempo novo e, em alguns casos, colmatar vazios de programação que acontecerão inevitavelmente nos municípios durante este verão.
O comunicado refere que a iniciativa procura também responder à situação de emergência social que a comunidade artística está a viver, uma das mais afetadas pela crise pandémica, proporcionando a alguns criadores oportunidades imediatas de trabalho.
Alguns dos artistas convidados farão residência em mais do que um município, potenciando pontos de contacto no território.
No caso de Esposende, Luís Canário Rocha propõe uma intervenção em espaço público inspirada no mar e nas suas gentes que será inaugurada no dia do município.
Em setembro, Terras de Bouro recebe a escritora Filipa Martins, com um monólogo que parte da natureza, uma das riquezas do Minho.
A importância histórica e cultural da atividade olárica e cerâmica em Barcelos dá o mote ao desafio lançado à artista Ana Almeida Pinto, que conceptualizará e criará, em parceria com artesãos locais, uma obra para o Museu da Olaria, desenvolvida a partir da olaria enquanto técnica artesanal. O resultado poderá ser visto durante a primeira quinzena de setembro.
Em outubro, e em pleno coração do Minho, Mónica Mindelis regressa às residências artísticas para produzir uma obra de arte para Vila Verde, a partir da técnica e da imagética dos Lenços de Namorados. A iniciativa estará integrada na 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.
Helena Mendes Pereira, diretora da zet gallery, será a curadora responsável pelas áreas da arte em espaço público, artesanato e fotografia, cabendo a António Rafael, membro da banda Mão Morta, a curadoria dos projetos na área da música, dança e literatura.
Os municípios de Amares, Arcos de Valdevez, Braga, Cabeceiras de Basto, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença, Viana do Castelo, Vieira do Minho, Vila Nova de Cerveira e Vizela acolherão os artistas e respetivas residências artísticas durante o primeiro semestre de 2021.