A região do Alto Minho é a primeira NUT III (unidade territorial para fins estatísticos) do continente a ter “todo o território” certificado pela Carta Europeia do Turismo Sustentável (CETS), anunciou esta terça-feira a Comunidade Intermunicipal local.
Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho adiantou que a candidatura, apresentada em fevereiro passado no âmbito do projeto Biolandscape Alto Minho, cofinanciado pelo Programa Operacional do Norte (ON2), “acaba de ser aprovada, por unanimidade, pela Comissão de Avaliação da Federação Europeia de Parques Nacionais e Naturais.
De acordo com a estrutura supramunicipal, que integra os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, a CETS “é uma ferramenta que tem o intuito de promover o desenvolvimento de um turismo sustentável em áreas protegidas e classificadas”.
A CETS integra o território constituído pelos concelhos de Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Monção, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, abrangendo um conjunto de oito áreas protegidas e classificada.
São elas a Paisagem Protegida do Corno do Bico, em Paredes de Coura, a Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e de São Pedro d’Arcos, em Ponte de Lima, os Sítios da Rede Natura 2000 do Litoral Norte, dos rios Minho e Lima, da Serra de Arga e do Corno do Bico, e a Zona de Proteção Especial da Rede Natura 2000 Estuários dos Rios Minho e Coura.
Os municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço e Ponte da Barca já possuem o galardão CETS desde 2002, através da candidatura do Parque Nacional da Peneda-Gerês, coordenada pela Associação de Desenvolvimento das Regiões daquele parque nacional, e que foi já objeto de renovação.
Segundo a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, entre as vantagens da adesão à CETS constam “a imagem do território como um único destino turístico, a inserção numa rede europeia de destinos de excelência, uma melhor organização da oferta turística, o reconhecimento da importância da população local e dos empresários no processo de planeamento e desenvolvimento da atividade turística”.
Alcançar “uma maior satisfação dos visitantes e um maior retorno na economia local da atividade turística, a promoção da preservação dos valores naturais e culturais do território e o acesso a programas específicos de cofinanciamento, são também outras das vantagens daquela certificação.
O plano de ação para cinco anos, traçado no âmbito desta candidatura, prevê um total de 71 ações, entre outras, “a melhoria da sustentabilidade da atividade turística do território”, sendo “necessário”, segundo a Comunidade Intermunicipal, “encontrar os mecanismos de financiamento comunitário que viabilizem a implementação desta estratégia”.
A certificação europeia será entregue, em dezembro, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.